quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Livro afirma que Van Gogh foi morto por colega adolescente

Autorretrato de Van Gogh é na verdade o seu irmão
Nova obra sobre a vida do pintor holandês refuta a tese de que ele tenha se matado - e afirma que o disparo que tirou sua vida foi, na verdade, acidental.

Um novo livro a respeito do pintor holandês Vincent van Gogh refuta a tese de que o artista, morto em 1880, aos 37 anos, tenha cometido suicídio. Na obra Van Gogh: The Life Have Claimed, os autores Steven Naifeh e Gregory White Smith - que estudaram a vida e a obra do pintor durante dez anos - afirmam que Van Gogh for morto por um tiro acidental, disparado por um colega adolescente. A versão contradiz a tese que já entrou para a história, de que Van Gogh teria se matado com um tiro no peito.



Para chegar a esta conclusão, os biógrafos contaram com o auxílio de 20 tradutores, além do trabalho de investigadores históricos. Dentre os objetos investigados, constam 1.000 cartas escritas por Van Gogh, além de documentos que deram suporte a uma base de dados com 28.000 notas sobre o artista.
O pintor, que morava na França, realizava passeios pelos campos de trigo para pintar. Em uma dessas incursões, acredita-se, ele disparou contra si, morrendo no hotel em que estava hospedado. Segundo Naifeh, porém, está claro que Van Gogh não foi ao campo se matar. "A explicação comumente aceita na região em que a tragédia aconteceu é ele foi morto de forma acidental e, para proteger seu assassino, o pintor teria assumido a culpa pelo disparo", afirma o autor.
De acordo com o livro, Van Gogh teria sido morto por Rene Secreta, um garoto de 16 anos que passava férias nas proximidades do vilarejo onde morava o artista e mantinha uma relação excêntrica com o pintor. Em entrevista à rede britânica BBC, Naifeh cita estudos do historiador de arte John Rewald para sustentar sua tese. Em 1930, Rewald visitou o vilarejo onde tudo ocorreu para registrar a versão dos moradores do local. 
Além da versão que agora vem à tona, o biógrafo também apresenta no livro detalhes de perícia, como o fato de a bala ter penetrado a parte superior do abdômen por um ângulo oblíquo e não em linha reta, como se espera da trajetória de um tiro disparado contra o próprio peito.

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