sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Especial Cuidados Pessoais: boca

Falar que você tem bafo por causa do estômago não cola mais! De acordo com o dentista e presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, Marcelo Fonseca, estima-se que mais de 80% dos casos de halitose são causados por higiene inadequada.

“O acúmulo de bactérias que produzem enxofre é a maior causa. A maioria se deposita sobre a língua”, diz.

Escovar os dentes após as refeições e usar o fio dental diariamente é o mínimo que você deve fazer. “O problema é que muita gente não escova locais importantes e que fazem a diferença, como o céu da boca, a parte interna da bochecha, as laterais da língua e principalmente sua superfície, que retém muitos alimentos”, explica Flavio Luposeli, cirurgião-dentista, da Clínica Luposeli, em São Paulo.

Além da limpeza correta, você deve controlar a ingestão da sacarose. “Devemos comer açúcar com intervalos de pelo menos quatro horas”, completa Marcelo.

DENTES AMARELOS
Ok, sabemos que as pastas que branqueiam os dentes são populares. Pena que elas não podem fazer muito comparadas a tratamentos realizados em clínicas odontológicas. Para obter resultados radicais, Flavio sugere clareamento profissional no consultório. “Ele deve ser feito apenas uma ou duas vezes por ano, dependendo do paciente. Mas a manutenção também é importante.”

Se você não tiver grana para o tratamento no consultório (custa até 2 mil reais), pode tentar uma correção em casa com gel (custa até 700 reais), sempre orientado por um profissional competente!

LÁBIOS RACHADOS
A falta de umidade, o sol forte e a ressaca desidratam até o esquecido lábio. Excesso de zelo? Que nada, ou você acha que ela vai gostar de beijar uma boca surrada.

Aplique um protetor labial, mesmo que seja à noite para hidratar a pele. Na praia ou de dia, opte por versões com proteção solar.

SENSIBILIDADE
Imagine a cena: você de ressaca, dando um golão na garrafa de água gelada e sentindo dor no dente. Desnecessário! Muitas pessoas sofrem com sensibilidade nos dentes. De acordo com Marcelo, a maior parte das vezes causada por retração gengival e inflamações dentárias.

O jeito? Faça um diagnóstico com seu dentista para saber o melhor tratamento. “Em 80% dos casos, os cremes dentais específicos ajudam bastante”, finaliza Marcelo.
1 Escova
360o Actiflex, Colgate 10,15 REAIS
Possui a cabeça flexível, que facilita a escovação. Para remover bactérias, causadoras do mau hálito, a escova vem com limpador de língua e bochechas.

2 Fio dental
Satin tape, Oral-B (25 m) 7,10 REAIS
Possui multifilamentos banhados por cera que não deixam o fio desfiar ou romper durante a limpeza.

3 Protetor labial
Epidrat, Mantecorp (5,5 g) 24,16 REAIS
Possui FPS 30, manteiga de cupuaçu e de karité, que acalma, protege e tem ação antiinflamatória nos lábios.

4 Kit bucal
Intelligent Brush Bitufo (escova, solução bucal, espelho, escovas interdentais e fio dental) 49 REAIS
A solução bucal somada à luz azul da escova detectam resíduos e placas, tornando a escovação mais eficiente.

5 Antisséptico
Pro-Saúde Noite, Oral-B 12 REAIS
O enxaguante tem efeito por 12 horas, garantindo uma boca limpa pela manhã.

6 Sensibilidade
Sensitive Pro-Alívio, Colgate (50 g) 10,75 REAIS

O creme dental contém arginina e carbonato de cálcio, que ajudam a aliviar problemas de sensibilidade nos dentes.




FONTE: MEN'S HEALT

domingo, 25 de dezembro de 2011

As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne(em breve)


Sinopse: 
O aventureiro Tintim compra para o amigo Haddock um modelo de um galeão antigo, que, por coincidência, era a réplica do navio de um antepassado do capitão, o cavaleiro de Hadoque. O modelo é roubado, e logo depois a casa de Tintim é toda revirada. O que os assaltantes procuravam? Por sua vez, o capitão acha no sótão da casa as memórias do cavaleiro. Nelas, ele narra seu encontro no Caribe com o pirata Rackham, o Terrível, que o captura com seu navio, para o qual transfere os tesouros que havia pilhado. O cavaleiro consegue escapar e afunda o Unicôrnio com todo o tesouro a bordo. Divide o mapa com a localização do naufrágio em três partes, que esconde em réplicas do navio. Muitos anos depois, Tintim e seus amigos decidem buscar as partes do mapa, sabendo que para isso terão de driblar uma perigosa quadrilha.
Data Prevista: 20/01/2012

Distribuidora: Sony Pictures 

Direção: Steven Spielberg 
Roteiro: Edgar Wright
Produção: Peter Jackson

Grammy vai homenagear Tom Jobim

Tom Jobim será o primeiro brasileiro a receber um Grammy pelo conjunto da carreira. A organização do evento anunciou ontem a lista de homenageados de sua 54ª edição, marcada para 12 de fevereiro. 

Além de Tom Jobim, serão outros cinco homenageados na cerimônia, incluindo Steve Jobs, fundador da Apple, morto em outubro. Também receberão um gramofone dourado a cantora Diana Ross, o compositor Gil Scott-Heron e ainda as bandas The Allman Brothers e The Memphis Horns. 

"É uma honra reconhecer esse variado grupo de indivíduos, cujos talentos e conquistas tiveram grande impacto em nossa indústria", disse Neil Portnow, presidente da Academia de Gravação, no site oficial do Grammy. 

Segunda vez Um dos principais artistas da bossa nova, Tom Jobim, morto em 1994, teve suas composições, como "Garota de Ipanema", "Águas de Março" e "Desafinado" reproduzidas por artistas brasileiros e internacionais. O músico carioca, nascido em 1927, já havia recebido, em um Grammy póstumo em 1995, pela melhor performance latina de jazz, com o álbum "Antônio Brasileiro".

Fonte: O Destak

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Para não dormir depois da ceia

Brasília terá várias opções de baladas especiais que começam depois da meia-noite do Natal.

Os brasilienses que preferirem não ficar em casa depois da ceia do dia 24 de dezembro terão várias opções para curtir o resto da noite com os amigos. A programação da data está repleta de baladas especiais de Natal que começam a partir da meia-noite. 

A festa de música eletrônica We Love Christmas, no estacionamento do Parque da Cidade, é uma das mais esperadas pelos baladeiros. No line-up, os DJs Ricardo Estrella, do Rio de Janeiro, Icy Sasaki, Elisio Romero e Gustavo FK. 

O Dj Gustavo FK, garantia de muito tecno, tech-house,
deep-house e funk break na pista de dança 
divulgação
Há sete anos DJ e produtor musical, Gustavo FK é conhecido pelo projeto "Temptation Live Band", com o qual começou sua carreira se apresentando nos grandes festivais de música eletrônica do país. FK é garantia de muito tecno, tech-house, deep-house e funk break na pista. 

O Dj Ricardo Estrella é outra atração bastante esperada da noite. Estrella, hoje um dos artistas de música eletrônica mais disputado pelas produtoras de eventos do país, já se apresentou nas melhores casas do Brasil e em grandes festivais do gênero como o Chemical Music Festival (RJ), Rio Music Conference (RJ), Tribe (RJ), Euphoria (RJ), Universo Paralello (BA), Soulvision (SP) e Cachoeira Alta (MG). 


Ascade também terá noite de eletrônico

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A PELE QUE HABITO (CINEMA)

Richard Ledgard é um cirurgião plástico que após a morte da sua mulher num acidente de carro se interessa pela criação de uma pele com a qual poderia tê-la salvo. Doze anos depois, ele consegue cultivar esta pele em laboratório, aproveitando os avanços da ciência e atravessando campos proibidos como os da trans gênese com seres humanos. No entanto, este não será o único delito que o cirurgião irá cometer.

Drama

Classificação Indicativa: Inadequado para menores de 16 anos

Inadequações: Este filme contém cenas de violência , conteúdo sexual e drogas ilícitas

Elenco: Antonio Banderas e Elena Anaya

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Lady Gaga é eleita a 'artista do ano' por jornalistas

Cantora venceu Steve Jobs, fundador da Apple, por apenas três votos.

A cantora Lady Gaga foi eleita a artista do ano em uma votação realizada pela agência de notícias americana Associated Press. Ao todo, 135 jornalistas membros de agências de notícias votaram. O resultado foi divulgado na manhã desta segunda-feira, nos Estados Unidos.

O júri respondeu à seguinte pergunta: "Quem foi o artista mais importante para o entretenimento e cultura em 2011?". Deu gaga no topo da lista. Mas engana-se que pensa que a disputa foi um passeio. Apesar dos milhões de discos vendidos e os factóides semanais, a cantora venceu o fundador da Apple, Steve Jobs, por apenas três votos.
Lady Gaga lançou em 2011 um dos discos mais vendidos do ano, Born This Way.
Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

HEROÍNAS DOS QUADRINHOS CONTRA O CÂNCER DE MAMA

Mulher-Maravilha faz o autoexame: campanha com heroínas dos quadrinhos quer conscientizar sobre o câncer de mama
As super-heroínas dos quadrinhos acabam de se juntar a nós, mulheres reais, na luta contra o câncer de mama. A Mulher-Maravilha, a Mulher-Gato, Mulher-Hulk e Tempestade são as estrelas da nova campanha da Associação da Luta contra o Câncer de Mama em Moçambique.
Mulher-Gato
Nas fotos, elas aparecem fazendo o autoexame, considerado pelos médicos a mais importante maneira de identificar algum nódulo ou alteração parecida nos seios.
Mulher-Hulk
A ideia de colocar as heroínas dos quadrinhos na campanha é dizer que nem as supermulheres estão livres de ter a doença e, portanto, todas têm de fazer o exame regularmente.
Tempestade
O texto que acompanha das fotos diz o seguinte:
“Ninguém é imune ao câncer de mama. Quando falamos sobre câncer de mama, não existe diferença entre mulheres e supermulheres. Todas devem fazer o autoexame mensalmente. Lute com a gente contra esse inimigo e, quando ficar em dúvida, fale com o seu médico”.
FONTE: MARIE CLAIRE
POR PATRICIA MOTERANI

Ana Maria Machado assume a presidência da ABL

Guilherme Gonçalves/Divulgação/ABL 
A escritora carioca Ana Maria Machado assumiu hoje a presidência da ABL (Academia Brasileira de Letras) no lugar do pernambucano Marcos Vinicios Vilaça, que dirigiu a instituição entre 2006/07 e 2010/11.

Machado, autora de mais de 150 livros, a maioria infantis, prometeu continuidade e frisou o papel cada vez mais atuante da academia, não mais lembrada como um "chá da tarde tão interminável quanto o desaniversário da Alice [de 'Alice no País das Maravilhas']".

"A Academia vem se abrindo para a sociedade faz muito tempo. A ideia é continuar e ampliar o trabalho de meus predecessores", disse.

A escritora citou ainda planos de estabelecer bibliotecas em UPPs (Unidades de Polícia Pacificadoras), definido, por enquanto, como um "sonho" compartilhado por ela e outros acadêmicos.

A cerimônia foi acompanhada por cerca de 25 acadêmicos, entre eles a escritora Nelida Piñon, primeira mulher a dirigir a instituição (1997). Para Machado, a baixa participação feminina é fruto da construção histórica da ABL.

"Durante muitos anos foi proibido ter mulheres na academia. Ainda somos só 10% porque não tem vagas, e tomara que não tenha por muito tempo", disse. Vagas na ABL são abertas quando algum acadêmico morre.

Além da escritora, a nova direção é composta por Geraldo Holanda Cavalcanti, Domício Proença Filho, Marco Lucchesi e Evanildo Cavalcante Bechara. 
 
 Fonte: Folha.com
Por: Paula Bianchi


Dicas de alguns livros de Ana Maria Machado.

ROMANCES:

PARA SEMPRE 
INFÂMIA
A AUDÁCIA DESSA MULHER
CANTEIROS DE SATURNO
ALICE E ULISSES
TROPICAL SOL DA LIBERDADE
BALAIO - LIVROS E LEITURAS
INFANTO JUVENIL:
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
BISA BIA, BISA BEL
O CAVALEIRO DO SONHO
HISTORIAS À BRASILEIRA - VOL 1 AO VOL 4
FESTA NO CÉU
JABUTI SABIDO E MACACO METIDO
O TESOURO DAS VIRTUDES PARA CRIANÇAS
A GALINHA QUE CRIAVA UM RATINHO 

"Toda criança precisa ler "Ana Maria Machado", pois seus livros infantis são de uma riqueza tão grande, que nem tem como explicar. Ela traduz a sutileza do universo das crianças, ela descreve aquilo que na maioria das vezes só uma criança é capaz de descrever."(Ganimedes Amerisi)



quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

TRÊS - LIVRO DE MELISSA PANARELLO

"Se nos acostumamos a comunicar mais coisas a mais pessoas ao mesmo tempo, por que querem nos convencer de que é impossível amar várias pessoas ao mesmo tempo? - perguntaram-se, certa madrugada, várias horas depois da meia-noite, enquanto esperavam o amanhecer numa janela..."- Três, de Melissa P.

Depois de 100 Escovadas Antes de Ir Para a Cama, ousado e bem-sucedido relato autobiográfico sobre a descoberta do sexo, a autora italiana Melissa Panarello retorna à polêmica em seu novo romance com a história do amor heterodoxo de Gunther, Larissa e George, para quem a busca da felicidade no amor e na cama não passa pelos caminhos óbvios. Três é a consagração de um triângulo amoroso. Ambientado entre Itália, na França e Argentina, a escritora apresenta uma novela erótica em que a experiência do prazer a três é retratado como um caminho possível para a realização, sem tabu, do desejo.

A autora, no entanto, tem consciência do conservadorismo dos países latinos - e, em especial, o da sociedade italiana - em relação a experiências erótico-sentimentais pouco convencionais. É precisamente por isso que suas histórias picantes têm um papel libertador que a tornam ainda mais amada entre seu público jovem - sem importar sua origem cultural.

Gunther, já com mais de 40 anos, é alcoólatra, tem sérios problemas familiares e vive de pequenos bicos. No entanto, sabe disfarçar a falta de perspectivas de sua vida atrás de uma boa aparência física e uma lábia excepcional, que lhe garantem uma série de relacionamentos e encontros fugazes. Em Roma, ele conhece Larissa e seu marido, Leo - e, embora se interesse pelos dois, é com Leo que se envolve a princípio.

Larissa é uma moça sensível, amante da astrologia e da poesia, de vida aparentemente mais centrada do que Gunther. Mas ganha menos do que gostaria, se droga mais do que deveria, não tem apoio da família - financeiro ou emocional - e o casamento já não satisfaz a ela ou ao marido. O divórcio é inevitável e a faz afundar ainda mais nos seus problemas.

Gunther, passando por Paris, conhece o fotógrafo George num ponto de ônibus. O que parecia mais um numa longa série de encontros acaba virando a relação mais estável de Gunther em muito tempo. O que não o impede de, no retorno a Roma, fazer do reencontro casual com Larissa o estopim de um novo caso. Não que isso seja um problema para George: ele vai a Roma, conhece Larissa e os três passam a viver juntos.

O cotidiano hedonista do trio só é abalado quando Larissa se descobre grávida. A dúvida sobre a identidade do pai, no entanto, é só mais um desafio para o relacionamento improvável em que a moça e os dois rapazes desenvolvem sem pretensão de questionar modelos afetivos. "Não queriam mudar o mundo, sabiam que aqueles que tentaram antes deles haviam fracassado. Queriam mudar-se a si mesmos", descreve Melissa.

MELISSA PANARELLO
Tradução: Eliana Aguiar
Ficção
ISBN: 9788560280988
Lançamento: 05/08/2011
Formato: 16 x 23
176 páginas

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Os subterrâneos do POP

B2ST, boy band de K-pop

Em meio ao domínio do pop ocidental na indústria fonográfica, artistas asiáticos, árabes e do leste europeu desembarcam aos poucos no Brasil, para a alegria de um público ainda reduzido, mas fanático.

Num universo em que divas pop como Lady Gaga e Katy Perry dominam as rádios, artistas como BoA, B2ST, Ayumi Hamasaki, Nancy Ajram e Cheb Khaled podem parecer apenas nomes de pronúncia difícil. No entanto, eles representam um filão da indústria pop que cresce à revelia do mainstream e tem não apenas fãs, mas fanáticos em seu encalço. É o que deve provar o United Clube Concert, festival que espera reunir 5.000 pessoas em São Paulo nesta terça-feira, 13, atraídas por atrações do K-pop, o pop produzido na Coreia do Sul. O ingresso mais barato do evento, o da pista comum, custa 200 reais. O outro, o da vip, sai por 350. Não faltam compradores: na tarde da última sexta, a pista vip estava praticamente esgotada.

A emergência do pop produzido na Ásia descortina um mundo musical quase subterrâneo no país. Além dos asiáticos, que em setembro tomaram parte da avenida Paulista com um concurso de dança, cantores do leste europeu e de países árabes vêm conquistando espaço por aqui (confira abaixo uma lista com os principais subgêneros do pop). 

Entre os árabes, o sírio George Wassouf esteve em maio deste ano em São Paulo e a libanesa Nancy Ajram tem passagem prevista pela cidade em 2012. Ela será trazida pelo empresário Raymond Bourdoukan, coordenador do Grupo 1001 Noites, especializado em espetáculos da cultura árabe. Mesmo que não marque presença em vitrines de massa como o Domingão do Faustão, Nancy não passará despercebida. A técnica de eletricidade e também dançarina Celia Daniele, que mora no Rio de Janeiro, é uma das que pretendem ir ao show. 

Celia, que alimenta um site sobre dança do ventre, reconhece que o público do estilo é formado basicamente por dançarinos, músicos ou descendentes de árabes. Mas, diz, se trata de um público fiel, “viciado” como ela na sonoridade do Oriente Médio, que compra discos importados – nenhuma grande gravadora nacional tem subpops no catálogo – e é capaz de atrair seus ídolos até aqui. “O pop árabe tem uma batida e um ritmo próprios, que os distinguem de outros sons. Gosto dele como quem gosta de forró e só escuta esse som”, diz. Os cantores mais conhecidos no Brasil são o egípcio Amr Diab, um bem sucedido cantor com 50 milhões de CDs vendidos em quase 20 anos de carreira, o argelino Cheb Khaled e a já citada Nancy Ajram.


O mundo subterrâneo do pop oriental não para por aí. A Índia tem uma produção intensa ligada à indústria cinematográfica de Bollywood. As canções são cantadas por cantores profissionais, chamados de cantores de playback, e interpretadas pelos atores dos filmes. Esses cantores ficam conhecidos mais pelos longas-metragens em que colocam a voz do que pelas próprias carreiras. “O que fica para o público é o nome da canção, não o de quem a canta”, diz o músico Sandro Shankara, que divulga a música indiana, sua especialidade, em um blog. Para quem não tem acesso aos filmes de Bollywood, uma boa porta de entrada para o pop indiano é o longaQuem Quer Ser um Milionário (Danny Boyle, 2008), vencedor de oito estatuetas no Oscar de 2009. O filme é uma boa síntese do espírito do pop indiano: tem muita dança, muitas cores e uma mistura de batidas modernas com sonoridades regionais. 

A música pop também possui uma vertente particular na Europa, o eurodance – ou eurotrash, como é chamado de forma pejorativa, decida o leitor por quê –, que tem na Romênia o seu principal palco. O país é exportador de artistas fabricados que têm invadido as mesas de som dos DJs brasileiros – e daí os ouvidos nacionais. “Não é só aqui que o eurodance faz sucesso. Até Lady Gaga se inspira no estilo, ela é chegada no eurotrash”, diz o apresentador da MTV, Didi Effe, o especialista em pop na emissora.
A mais recente novidade no nicho é a romena Alexandra Stan. Ela estourou com o single Mr. Saxobeat, que vendeu 1 milhão de cópias. “É um dance que poderia ter sido feito em qualquer lugar. Ele segue as regras do pop, tem letra simples e um refrão repetitivo”, afirma o VJ.

A força da Ásia – Não é novidade que a música pop construiu uma indústria, produzindo artistas com prazo de validade e perfis bastante semelhantes – são poucos os que se eternizam como Michael Jackson e Madonna, por exemplo. Azeitada nos Estados Unidos e exportada daí para diversos países, em nenhum lugar, contudo, essa indústria foi tão bem recriada como na Coreia do Sul e no Japão, os pais do K-pop e do J-pop. "O pop japonês nada mais é do que a versão, obviamente japonesa, do enlatado cultural americano”, diz Cristiane A. Sato, autora do livro Japop: O Poder da Cultura Pop Japonesa (Livrocerto, 39,90 reais). A China também tem o seu pop, o C-pop, mas ele é um primo menor dos outros dois. Para se ter uma ideia, o K-pop movimentou mais de 30 milhões de dólares em 2009, de acordo com a BBC, e o J-pop ocupou duas posições entre as dez músicas mais vendidas pela internet em 2008, segundo o New York Times. Já os dois principais nomes do C-pop, Jay Chou e Show Lou, venderam, respectivamente, apenas 110.000 e 155.000 cópias de álbuns lançados em 2010.

Grandes agências, como a coreana S.M. Entertainment e a japonesa Avex Trax, reúnem meninas e meninos novos em grandes competições. Os escolhidos passam por treinamentos intensos de canto, dança e interpretação para se tornar ídolos. Para chegar aos fãs, a maioria adolescentes, o pop asiático faz uso da TV e também, uma exclusividade da região, dos jogos de videogame e dos animes, os desenhos animados. 

Marcelo Frazão é diretor-executivo de entretenimento da GEO Eventos, que traz o United Cube Concert para o Brasil e realizou um estudo sobre o público-alvo dos shows. “Temos analisado esses fenômenos localizados de música em diversas comunidades e o que mais nos chamou atenção foi o movimento do pop asiático. É um movimento globalizado, mas, no Brasil, é São Paulo quem tem interesse especial nesses subgêneros”, diz. O traço marcante dos fãs de pop asiático, segundo Frazão, é sua pouca idade e sua forte relação com a internet. “O K-pop é um fenômeno jovem baseado na web.”

Fãs em rede – Como não há gravadoras que se interessam por lançar artistas japoneses, coreanos, árabes e do leste europeu, a internet é o maior canal de divulgação dos subgêneros do pop, e também de troca entre os fãs. Alguns deles fazem movimentos on-line para que seus artistas venham para o país. Para Didi Effe, da MTV, o mercado dos subgêneros regionais é promissor no país. “É um mercado em que deviam mais prestar atenção."

Apesar de os álbuns não serem lançados no país, os fãs sempre dão um jeito de conseguir as músicas. Além da internet, produtos importados são adquiridos por aqueles que querem gastar um pouco mais. “Muitos fãs compram CDs, DVDs e roupas por lojas virtuais. O preço dos CDs gira entre 50 e 150 reais”, diz a k-popper Hellen França, que alimenta o site KDOfficial, um dos inúmeros que existem sobre o assunto. Já Celia Daniele tem um esquema de trocas para colecionar as canções árabes. “A maioria das pessoas consegue as músicas trocando CDs. Alguns compram álbuns importados e vão passando para outros.”

Fonte: Revista Veja
Por: Raissa Pascoal

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Pintor Mikéliton apresenta um diário de viagem pelo Norte do Brasil

O sertão é bonito, mas não tem a mágica da floresta. O pintor Mikéliton Pereira Alves fala com legitimidade. Nascido no sertão da Paraíba, há 32 anos, resolveu começar a conhecer o Brasil pela mata e, logo no início da jornada de formação, se descobriu pintor. Foi assim que juntou as pontas de duas inquietações: a curiosidade pela paisagem e a vontade de retratar os detalhes observados. Mas “se descobrir” pintor não é exatamente uma iluminação. Está mais para dar com a cara em um muro em branco: uma vez entendida a condição, é preciso correr atrás de tudo que não se sabe. E Mikéliton começou a fazer isso ao mesmo tempo em que decidiu explorar o norte do Brasil. O resultado está na vasta coleção iniciada desde então, em um dia de sol em São Luís, no Maranhão, há sete anos. “Gosto de aventura, de história, de arqueologia, de estar dentro da floresta. É meu espírito viajante”, avisa o pintor. 

A coleção de Mikéliton (parte dela intitulada Rio Madeira — Gigante da floresta, está em exposição no Museu Nacional Honestino Guimarães até 18 de dezembro) é um diário de viagem sobre os modos de vida dentro e ao redor da Amazônia colhidos com uma metodologia que implica passar um ano em cada capital dos estados da Região Norte. Boa Vista, Porto Velho, São Luís e Palmas já ganharam suas leituras com pinceladas que denunciam sérias referências. O autodidatismo faz do artista um despreocupado com classificações e academicismos, mas há algo de impressionista nas cores e nos traçados. 

Difícil não lembrar o quarto de Vincent Van Gogh em Arles quando se vê as cores e a organização de A casa ribeirinha. Ou não associar Ribeirinhos peneirando mandioca aos catadores de trigo do pintor holandês. Mas Mikéliton — nome artístico que faz questão de usar sem o sobrenome — não se concentra em associações. 

Impressionista, expressionista, a meio de caminho de cada um, pouco importa. “Procuro não definir. O importante, o que procuro desenvolver, é fazer uma arte que faça algum bem para a Amazônia e para o Brasil. Minha intenção é trabalhar para que minha arte possa agregar valor, para que se preste mais atenção aos povos do Norte.” 

Dois grupos 
Mikéliton divide a própria produção em dois grupos. A natureza amazônica é um; seus habitantes, outro. Às vezes, um atravessa o outro. “A pintura de paisagem tem a característica de interagir com a imagem. Tem todo um sentimento de vida ao redor, que é o que dá valor à pintura e ao pintar.” 

O artista pode se esquivar de comparações, mas se entrega ao revelar o apego por levar o cavalete à paisagem escolhida, “como os impressionistas”. Os interiores das casas, as atividades das populações ribeirinhas, a vida na floresta, e também as cenas do cotidiano urbano e as paisagens das cidades pontuam os quadros. “Gosto de retratos, porque cada estado tem um biotipo diferente com o qual trabalhar.” 

A intenção social e ecológica também encontra refúgio na maneira como o artista se organiza para mostrar as obras. Ele prefere locais pouco convencionais, como restaurantes, hotéis e supermercados. Não se deslumbra muito com galerias e museus. No começo, a opção era uma garantia de ter as obras apreciadas por um público razoável, já que as casas de cultura do Nordeste, o pintor acredita, são pouco frequentadas pelas populações. “Em muitas cidades, as pessoas não sabem nem que existe”, repara. O Museu Nacional é uma exceção e uma novidade nesse percurso.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Livro "Marina" de Carlos Ruiz Zafón

Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões.

É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Óscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo. Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora.

Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Óscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos.

Em Marina, o leitor é tragado para dentro de uma investigação cheia de mistérios, conhecendo, a cada capítulo, novas pistas e personagens de uma intrincada história sobre um imigrante de Praga que fez fama e fortuna em Barcelona e teve com sua bela esposa um fim trágico. Ou pelo menos é o que todos imaginam que tenha acontecido, a não ser por Óscar e Marina, que vão correr em busca da verdade - antes de saber que é ela que vai ao encontro deles, como declara um dos complexos personagens do livro.

"De todos os livros que publiquei, Marina é um dos meus favoritos", afirma Zafón. "É possivelmente o mais indefinível e difícil de categorizar de todos os romances que escrevi, e talvez o mais pessoal de todos eles."

Carlos Ruiz Zafón
Tradução: Eliana Aguiar
Ficção
ISBN: 9788581050164
Lançamento: 03/10/2011
Formato: 16 x 23
192 páginas

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Festival Lollapalooza no Brasil


É difícil de acreditar que já se passaram vinte anos desde que as primeiras atrações do Festival Lollapalooza subiram ao palco com seus amplificadores no volume máximo. Desde o início dos anos 90, quando uma geração inteira, influenciada pelo Grunge, embarcavam em um frenético mosh pit ao som de bandas comoSoundgarden e Pearl Jam, até os dias de hoje quando bandas e artistas comoArcade Fire e Kanye West atraem enormes multidões de diferentes gerações, o festival criou vida própria, inspirado pela energia dos fãs e dos artistas de cada edição.

Claro, muita coisa mudou: o gosto musical dos fãs, as atuais revelações da música, a evolução dos gêneros, estilos de vestuário e o lance com essa tal de “internet”. Mas duas décadas no topo dos melhores e maiores festivais do mundo também significammuita história para contar.
O Lollapalooza ainda era um embrião quando o chamado rock alternativo nasceu, trazendo o hip-hop para a cena de festivais, levantando a bandeira fluorescente da cena eletrônica, quando ainda se encontrava confinada em pequenos clubes e, claro, alçando o indie-rock para os palcos principais.

Entre altos, baixos, e muitas vezes de cabeça para baixo, muito da história da música foi escrito e reescrito durante cada edição do festival. Por isso tudo, mesmo que você só tenha ouvido falar da experiência Lollapalooza só agora, ou mesmo seja um fã de carteirinha do festival, aqui vai uma pequena aula de Rock and Roll que mostra o patamar do Lollapalooza no cenário musical atual.

UM HOMEM, SEU PLANO E UM BOCADO DE GENTE CURTINDO ESSA IDEIA

Tudo começou em 1991 quando Perry Farrell, vocalista e fundador da banda de rock alternativo Jane’s Addiction iniciou os planos para a despedida dos palcos de sua banda.

A ideia logo se transformou em um imenso roadshow que levaria música, cultura e arte para os fãs por todo o continente norte-americano. Antes da internet, não era lá muito fácil levar o som de bandas novas e desconhecidas até os fãs.

O festival de Farrell foi um sucesso, unindo artistas como Nine Inch Nails e Ice-T em uma celebração nunca antes vista no mundo inteiro.

NO BRASIL

CINCO PALCOS, 120 MIL METROS QUADRADOS E ATRAÇÕES… MUITO MAIS DO QUE UM FESTIVAL DE MÚSICA!

Cinco palcos reunindo durante dois dias as maiores atrações do rock mundial. Uma área equivalente a mais de 22 campos de futebol, cheia de atrações e surpresas. Bares, restaurantes e áreas de descanso. Isso é apenas uma parte do que o Lollapalooza Brasil trará para o gramado central do Jockey Club de São Paulo nos dias 7 e 8 de Abril de 2012.

Nos Palcos Cidade Jardim e Butantã, grandes nomes do rock vão tocar para uma multidão de fãs no verdadeiro espírito do Lolla, enquanto o Palco Alternativo trará os novos nomes e as novas vertentes do rock, levando novas experiências musicais ao público.

O Palco do Perry já é uma instituição no Lollapalooza, e é o espaço para dançar e curtir música eletrônica durante todo o dia. No Lollapalooza todos os gêneros do rock fazem parte da festa, e a música eletrônica não poderia estar de fora.

Se o Lolla Brasil vai ser inesquecível? Nas palavras de Perry Farrell, “os brasileiros têm uma rica tradição de celebrar a vida. Com o Lolla se juntando a eles, não se pode imaginar até onde esta festa pode chegar”.

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Brasil, 120 mil m² (o equivalente a mais de 22 campos de futebol), com vários palcos e uma diversidade de artistas de gêneros como hip-hop, eletrônica, reggae, indie, rock, modern roots, e muito mais.

FONTE LOLLAPALOZA

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sofá beliche


Uma ideia muito boa. Imagine ter um sofá que vira um beliche. Pois sim, ele existe, e é uma boa sacada para quem precisa aproveitar cada espaço de sua pequena moradia. Acho até que foi desenvolvido para amigos meus que moram em kits ou minúsculos apartamentos. Hoje existe muita opção para morarmos bem em qualquer espaço, utilizando muita criatividade e um pouco de disposição.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dina Sfat é homenageada na última edição do projeto Mitos do Teatro Brasileiro

Dina no papel de Heloísa de Lesbos, em O rei da vela,
montagem do Oficina de 1968 que modernizou o teatro
Durante uma entrevista, ela se comparou à sabra, fruto de cacto comum em Israel: espinhosa e angulosa por fora, doce de enjoar por dentro da casca. Autoanálises à parte, Dina Sfat carregou consigo esse traço de mulher do deserto, que vira a vida do avesso. De família judia, nascida em São Paulo, ela rompeu com as expectativas ao trilhar caminhos inesperados. Deixou a tradição de lado para tornar-se uma das atrizes mais admiradas e carismáticas do Brasil, além de artista com forte verve intelectual, engajada nas causas pertinentes a seu tempo e com senso de cidadania. Essa história tortuosa foi escolhida para encerrar o projeto Mitos do Teatro Brasileiro nesta terça-feira (22/11), às 20h, no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com entrada franca. 

“É importante incluí-la entre os mitos do teatro, porque a maioria das pessoas a associa às novelas”, destaca J. Abreu, ator e codiretor do projeto. As participações televisivas foram profícuas, mas a dedicação ao teatro não ficou atrás. Ao longo da carreira, a atriz dedicou-se a clássicos da dramaturgia, como Mandrágora, de Maquiavel, Santo Inquérito, de Dias Gomes, e o grande sucesso Hedda Gabler, de Henrik Ibsen, além de integrar o elenco das duas maiores companhias de referência do teatro moderno no Brasil (Arena e Oficina). 

No cinema, uma de suas personagens foi Cy, de Macunaíma, filme dirigido por Joaquim Pedro de Andrade com base na obra de Mario de Andrade. Tamanha versatilidade e capacidade de se desdobrar em vários papéis foi definida pela atriz Renata Sorrah como um “star system”: ela conseguia atuar com maestria na tevê, no cinema e nos palcos. Dina Sfat morreu em março de 1989, em consequência de um câncer de mama. Tinha 50 anos. 

Seguindo a dinâmica estabelecida nas homenagens anteriores, a noite terá a presença de convidados e projeções de material de arquivo, além de atores da cidade (J. Abreu e Juliana Drummond) em cenas inéditas inspiradas na vida de Dina, escritas pelo jornalista e dramaturgo Sérgio Maggio. Os amigos a prestar tributo à atriz nesta edição são Maria Alice Vergueiro e Ednei Giovenazzi. 

Colega de Dina em novelas e nos palcos, Giovenazzi se encantou com a beleza, personalidade e força daquela novata nos palcos. “Ela tinha um espírito revolucionário. Fiquei chapado. Suas técnicas gestual, vocal e sua medida eram perfeitas”, elogia ele, admitindo que atores não têm o hábito de enaltecer o trabalho dos colegas. “Quando recebi o convite para ir a Brasília, vi a oportunidade de dizer todas as coisas que não disse a ela em vida”, afirma. 

Giovenazzi se encantava com a performance da atriz na novela Selva de pedra, em que contracenaram. “A minha personagem protegia a da Regina Duarte, e a dela maltratava. E como maltratava, com aquele olhar fulminante. Eu era artisticamente apaixonado por Dina”, revela. 

Nos tempos de Teatro de Arena, a atriz aproximou-se de Maria Alice Vergueiro, outra diva do teatro, que esteve recentemente na cidade, com a peça As três velhas, e ressurgiu para o grande público com o vídeo Tapa na pantera, sucesso na internet. “Ela tinha uma personalidade interessante. Não era dada a muito sectarismo, numa fase em que a cabeça da moçada era radical. Era, antes de tudo, uma artista, tinha muito talento e cantava muito bem”, elogia Maria Alice. 

Enquanto Maria Alice se sentia tímida, cheia de pudores, a amiga era mais livre. “Ela era mais Leila Diniz”, brinca. As afinidades entre as duas extrapolaram o espaço cênico. “Às vezes, uma atriz é correta, faz tudo direitinho, mas sem aquele brilho. Em Arena conta Tiradentes e Arena conta Zumbi, ela brilhava em cena”, destaca. 

Arena conta 
Inspirados nessas obras do dramaturgo Augusto Boal (outro homenageado do projeto), Sérgio Maggio e J. Abreu criaram uma versão da montagem para compartilhar com o público passagens importantes da biografia da atriz. Arena conta Dina Sfat será um miniespetáculo, com duração aproximada de meia hora, e seis esquetes. O público, convidado a formar uma semiarena no palco, escolherá a ordem das cenas, que contam um pouco de tudo: a carreira, o casamento com o ator Paulo José (eles tiveram três filhas, Isabel, Ana e Clara), o feminismo, o enfrentamento à ditadura, a luta pela legalização do aborto. 

As cenas seguintes trarão o diálogo da atriz com um crítico teatral, nos bastidores de Hedda Gabler, e ainda uma sequência em que seus pensamentos de natureza artística, política e pessoal serão pendurados em uma árvore. Na pele de Dina, estará a atriz Juliana Drummond. “Ela fez essa fusão entre a atriz e a mulher cidadã para falar sobre questões importantes. É uma honra ser canal e instrumento para essa homenagem”, reconhece ela. 

A menina judia, que começou a vida profissional em um laboratório de análises clínicas — e, no auge da fama, desistiu do horário nobre para se dedicar à ribalta — também será lembrada em vídeos. Um deles, raridade, mostra Dina mocinha, em um programa de tevê. “Ela começou querendo ser atriz famosa, nos moldes de Hollywood. Mas, no Teatro de Arena, incorporou o discurso de que o papel do artista é também social, e isso mudou sua vida”, frisa J. Abreu. Vida que, com a ousadia do talento e a solidez do solo desértico, Dina Sfat virou do avesso.

Fonte Correio Brasiliense