quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

DECORANDO E CRIANDO NOSSO ESPAÇO


Hoje estava discutindo decoração e designer de interiores. Algo que realmente sou muito apaixonado, tanto que tenho um monte de revistas do gênero. Fico maravilhado com o fato de poder trabalhar com cores, formas, texturas e tendencias do momento. Acho maravilhoso quando amigos me consultam para ver o que acho de certas idéias e de como elas podem ser executadas. Poder mudar o ambiente em que vivemos e fazer com que os elementos trabalhem a nosso favor.

Gosto dos ambientes sóbrios e de espaços amplos, mas pequenos ambientes também são um grande desafio que gosto de trabalhar. Estou na fase das cores claras e de móveis brancos. Fotografias em preto e branco. Desenhos em grafite ou sanguíneas. Nada de muitos objetos decorativos, algumas peças bastam para valorizar uma boa decoração.

Toda decoração deve estar baseada no tipo de iluminação que irá utilizar. Trabalhe a luz a seu favor e todo o ambiente irá ganhar uma nova vida. Sabendo como fazer todos irão amar.

Sempre que pensar em reforma ou mudança faça uma visita a cada home center de sua cidade, com certeza irá ter muitas idéias. Antes de comprar analise se realmente aquilo vai combinar com seu ambiente. Nada de comprar por impulso ou pelo fato de estar em promoção. Em algumas lojas você pode contar com a ajuda de profissionais sérios e que podem dar dicas valiosas.

Nossa casa deve ser bem cuidada pois ela é o espaço valioso onde podemos ter momentos incríveis, quer seja com amigos, família ou com nosso amor. Cada centavo gasto sempre lhe trará um grande retorno.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer



Filho de Oscar de Niemeyer Soares e Delfina Ribeiro de Almeida, Oscar Niemeyer nasceu no bairro de Laranjeiras, na rua Passos Manuel, que receberia no futuro o nome de seu avô Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal. Niemeyer foi profundamente marcado pela lisura na vida pública do avô, que como herança os deixou apenas a casa em que morava e cuja regalia era uma missa em casa aos domingos, apesar de ser um ateu convicto.

Niemeyer passa a sua juventude sem preocupações e na boêmia, frequentando o Café Lamas, o clube do Fluminense e a Lapa. Em suas palavras: "parecia que estávamos na vida para nos divertir, que era um passeio."

Em 1928, aos 21 anos, casou-se com Anita Baldo, 18 anos, filha de imigrantes italianos da província de Pádua. A cerimônia de casamento na igreja do bairro atendeu aos desejos da noiva. "Casei por formalidade. Mais católica do que minha esposa é impossível, então não me incomodei em casar dessa forma". O casamento foi no mesmo ano da formatura no ensino médio. O casal teve somente uma filha, Anna Maria Niemeyer, que deu cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos ao arquiteto. Anna Maria faleceu no dia 6 de junho de 2012, aos 82 anos.

Viúvo desde 2004, casou em novembro de 2006 com sua secretária, Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos.

Até 23 de setembro de 2009, quando foi internado, passando em seguida por duas cirurgias, para retirada da vesícula e de um tumor do cólon, o arquiteto costumava ir todos os dias ao seu escritório em Copacabana, onde trabalhava no projeto Caminho Niemeyer, em Niterói, um conjunto de nove prédios de sua autoria. Até outubro de 2009, Niemeyer permaneceu internado no mesmo hospital, no Rio de Janeiro. Em 25 de abril de 2010, foi novamente internado, apresentando um quadro de infecção urinária. O arquiteto deveria participar do lançamento da edição especial da revista "Nosso Caminho", no dia 27 de abril, em homenagem aos 50 anos de Brasília. A festa foi cancelada.

A luta política é uma das questões que sempre marcaram a vida e obra de Oscar Niemeyer. Em 1945, já um arquiteto conhecido, conheceu Luís Carlos Prestes e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Niemeyer emprestou a Prestes a casa que usava como escritório, para que este montasse o comitê do partido. Sempre foi um forte defensor de sua posição como stalinista. Durante alguns anos da ditadura militar do Brasil autoexilou-se na França. Um ministro da Aeronáutica da época diria que "lugar de arquiteto comunista é em Moscou". Visitou a União Soviética, teve encontros com diversos líderes socialistas e foi amigo de alguns deles. Em 2007 presenteou Fidel Castro com uma escultura de caráter antiamericano: uma figura mosntruosa ameaçando um homem que se defende empunhando uma bandeira de Cuba. Em seu discurso de 2007, onde Fidel fala em aposentadoria, faz referência ao amigo Niemeyer: "Penso, como (o arquiteto brasileiro Oscar) Niemeyer, que se deve ser consequente até o final". Esta frase foi repetida em sua carta de renúncia de 18 de fevereiro de 2008.

BRASILIA

Em 1957, Niemeyer abre um concurso público para o Plano Piloto de Brasília, a nova capital. O projeto vencedor é o apresentado por Lúcio Costa, seu amigo e ex-patrão. Niemeyer, arquiteto escolhido por Juscelino, seria responsável pelos projetos dos edifícios, enquanto Lúcio Costa desenvolveria o plano da cidade.

Brasília foi um grande desafio; a cidade foi construída na velocidade de um mandato, e Niemeyer teve de planejar uma série de edifícios em poucos meses para configurá-la. Entre os de maior destaque estão a residência do Presidente (Palácio da Alvorada), o Edifício do Congresso Nacional(Câmara dos Deputados e Senado Federal), a Catedral de Brasília, os prédios dos ministérios, a sede do governo (Palácio do Planalto) além de prédios residenciais e comerciais.

A determinação de Kubitschek foi fundamental para a construção de Brasília, levando para frente sua intenção de desenvolver o centro despovoado do Brasil (a exemplo da marcha do oeste norte-americana): povoar o interior e levar o progresso Brasil adentro.

O projeto de Lúcio Costa, vencedor do concurso, punha em prática os conceitos modernistas de cidade: o automóvel no topo da hierarquia viária, facilitando o deslocamento na cidade, os blocos de edifícios afastados, em pilotis sobre grandes áreas verdes. Brasília possui diretrizes que remetem aos projetos de Le Corbusier na década de 1920 e ainda ao seu projeto para a cidade de Chandigarh, pela escala monumental dos edifícios governamentais. A cidade de Lúcio Costa também possui conceitos semelhantes aos dos estudos de Hilberseimer.

Nesta nova cidade projetada, levou-se em conta o ideal socialista, onde todas as moradias pertenceriam ao governo e seriam utilizadas pelos funcionários públicos. Nesta visão, todos os funcionários, fossem serventes ou parlamentares, deveriam habitar os mesmos prédios.

A construção de Brasília foi controversa; os preceitos do urbanismo modernista já sofriam críticas antes mesmo do início de sua construção, devido a sua escala monumental e à prioridade dada ao automóvel. Brasília cresceu de forma não prevista e cidades-satélite surgiram para acomodar a crescente população. Atualmente, apenas uma pequena parcela dos habitantes do Distrito Federal habita na área prevista pelo plano piloto de Lúcio Costa.

Oscar Niemeyer morreu aos 104 anos, nesta noite de quarta-feira, dia 5 de dezembro de 2012, no Hospital Samaritano. O grandioso arquiteto estava passando por problemas de saúde a meses. 

Deixou um legado imenso, que é admirado por pessoas do mundo inteiro.


Fonte de pesquisa Wikipedia

domingo, 25 de novembro de 2012

O ÚLTIMO HOMEM AMERICANO ( Elizabeth Gilbert)



“Gilbert soube resumir essa vida singular para criar uma narrativa fascinante e muito bem-construída.” – Los Angeles Times


“É quase impossível resistir aos encantos de Eustace Conway. Os seus feitos, alegria e vigor são quase milagrosos.” – New York Times Book Review

Uma das escritoras mais bem-sucedidas em crítica e vendas nos últimos anos, Elizabeth Gilbert explora em O último homem americano a história do naturalista Eustace Conway. A autora de Comer, rezar, amar apresenta nesse livro a trajetória de uma figura brilhante e carismática, que deixou uma vida confortável e mudou-se para as montanhas Apalaches, onde vive até hoje em contato com a natureza e estimula cada vez mais pessoas a seguirem seus passos.

Eustace sempre dominou diversos conhecimentos sobre a natureza. Aos sete anos, já sabia caçar com facas. Aos 12, partiu para a floresta, sozinho e de mãos vazias, construiu um abrigo e sobreviveu durante uma semana se alimentando do que tirava da terra. 

Quando completou 17 anos, foi acampar e acabou por deixar a casa da família de uma vez por todas, partindo para as montanhas. Enquanto estudava na Appalachian State University em Boone, na Carolina do Norte, adotou de vez a vida selvagem. Morou numa tenda indígena projetada por ele próprio, fez fogo esfregando gravetos, banhou-se em riachos gelados e vestiu as peles dos animais que havia caçado e comido.

Formado em Antropologia e Letras em 1984, Eustace levou poucos anos até completar o sonho de infância: construir uma área de preservação ambiental que servisse como uma “escola da natureza”. Ao comprar um grande terreno próximo a Boone, iniciou a Turtle Island Preserve, que até hoje atrai crianças e adultos para aprenderem mais sobre a vida natural e apreciarem uma vivência simples e rústica. 

Certos episódios na trajetória do naturalista não são dignos de elogios, apesar da idolatria que muitos nutrem por ele. Com honestidade, Gilbert mostra como a personalidade de Eustace Conway é dotada de contradições. Entre namoradas de quem se distanciou e aprendizes de Turtle Island ofendidos por ele, Eustace foi acusado diversas vezes por um suposto apego material – mesmo pregando o contrário –, além de se mostrar estranhamente severo com alguns de seus seguidores.

Apesar das críticas dos detratores, os relatos que Gilbert descreve têm uma verdade em comum: o naturalista é uma figura cativante, original e dedicada. A autora conta ainda as extraordinárias aventuras selvagens dele, incluindo a caminhada de 3,2 mil quilômetros na trilha dos Apalaches e uma jornada lendária empreendida pelo naturalista, na qual atravessou os Estados Unidos a cavalo. 

Elizabeth Gilbert se interessou pelo personagem ainda na década de 1990. A trajetória de Eustace Conway foi tema de uma elogiada reportagem escrita por Gilbert para a revista GQ. Nela, a escritora narrava a fascinante história desse homem dos tempos modernos e sua ânsia por ir sempre além dos limites – sejam quais forem as consequências. 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Aquavit, em Brasília, traz ingredientes do Cerrado à mesa.


Salão amplo e com decoração moderna do Aquavit, em Brasília
O restaurante conquistou três estrelas no Guia Brasil 2013, do GUIA QUATRO RODAS; conheça a trajetória do chef, o dinamarquês Simon Lau Cederholm.

O restaurante contemporâneo Aquavit, em Brasília, comandado pelo chef dinamarquês Simon Lau Cederholm, acaba de entrar para o restrito grupo das casas três-estrelas do Guia Brasil 2013, recém-lançado pelo GUIA QUATRO RODAS, ao lado de restaurantes consagrados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O interesse de Simon Lau pela gastronomia surgiu aos 15 anos, quando trabalhou como lavador de pratos e desenvolveu suas habilidades com as panelas em alguns restaurantes de luxo de Copenhague, como o Dronning Louises Kro, Søllerød Kro, Creperie Marie e o Saison.
Simon Lau Cederholm, chef do restaurante Aquavit, em Brasília - Foto:Ligia Skowronski
No ano de 1986, em uma viagem de seis meses de bicicleta pela América Central e do Sul, o chef conheceu o Brasil. A partir de Caracas, na Venezuela, ele cruzou a Amazônia até chegar ao Rio de Janeiro. “Sempre gostei de viajar de bicicleta pela Europa, mas desta vez eu quis ir mais longe”, conta. A culinária típica de cada região, os temperos e o frescor das frutas e verduras impressionaram Simon Lau, que decidiu morar no Rio de Janeiro por um ano.

De volta à Dinamarca, em 1988, ele cursou arquitetura na Academia Real das Belas Artes por influência da família, mas não abriu mão de fazer o que mais gosta: cozinhar. “Durante o curso, eu trabalhava como cozinheiro para pagar os estudos”, diz.

Depois de concluir a graduação, o chef dinamarquês não resistiu aos encantos do Brasil e mudou-se para Brasília em 1996. Lá, trabalhou como adido cultural e vice-cônsul na Embaixada da Dinamarca e, em 2003, abandonou a carreira e retornou ao seu país para se aperfeiçoar em gastronomia e trazer novidades para o Brasil.

Em 2004, Simon Lau realizou seu sonho ao inaugurar o restaurante Aquavit em sua própria residência. Formado em arquitetura, ele projetou os ambientes, com mesas na sala de estar, na varanda e vista para o Lago Paranoá.

A proposta inicial era servir comida escandinava, mas o chef decidiu investir em ingredientes do Cerrado. “Brasília é uma cidade moderna no meio de uma região cheia de natureza. Acho importante que as pessoas comam os produtos daqui”, explica.
O prato Blinis é feito de farinha sarracena e servido com ovas de salmão,
sous cream, dill e limão siciliano - Foto:Divulgação
Não há cardápio na casa e, sim, um menu degustação composto por cinco pratos, que mudam a cada mês e quase nunca se repetem, além de um couvert acompanhado de pães. Ao final da refeição, os clientes são convidados a conhecer os ingredientes cultivados pelo chef em sua horta orgânica, como frutas típicas, taioba e a famosa baunilha do Cerrado. “Eu não sabia que aqui no Cerrado tinha baunilha”, conta. “Um dia um homem bateu na minha porta, lá em Goiás Velho, para vender uma baunilha grande e com um cheiro maravilhoso”, relembra. Desde então, Simon Lau introduziu o fruto em sobremesas, tortas e em pratos como peixe e feijão cremoso.

Antes de conquistar a classificação máxima de três estrelas no Guia Brasil 2013, o dinamarquês foi premiado como Chef do Ano do Guia Brasil 2011. “Senti que essa forma de trabalhar, com ingredientes frescos do Cerrado, foi o que me fez conseguir os prêmios”, diz. “É como ganhar um abraço de alguém que diz que você fez a coisa certa”, complementa.

FONTE: GUIA QUATRO RODAS ONLINE
POR NATASCHA PERIN

Microsoft anuncia aposentadoria do Messenger


Contas de usuários serão migradas para o Skype até abril.

Mais conhecido como “Messenger” ou “MSN”, o Windows Live Messenger, serviço de mensagens instantâneas da Microsoft, vai ser aposentado no primeiro trimestre do ano que vem. A empresa anunciou nesta terça-feira que fará a migração de mais de 100 milhões de usuários da plataforma para o Skype, serviço de voz e vídeo on-line comprado pela Microsoft em 2011 por 8,5 bilhões de dólares.
A transição exige que o usuário do Messenger instale a versão mais recente do Skype em seu computador. Depois de feito o download, as contas dos dois programas podem ser combinadas: todos os contatos adicionados anteriormente estarão lá.
"“Queremos focar nossos esforços e tornar as coisas ainda mais simples para os nossos usuários, ao mesmo tempo que melhoramos continuamente a experiência deles”", informou a Microsoft em um comunicado publicado em seu site.
O Windows Live Messenger tinha 300 milhões de usuários ativos em 2011, segundo números divulgados por outra publicação on-line de tecnologia, a Ars Technica. “Considerando a estimativa atual da Microsoft de apenas 100 milhões de usuários, é fácil ver que o produto está perdendo lugar no mercado.
A união das duas plataformas, portanto, é encarada como um caminho natural para a empresa de software. O Skype informa ter 280 milhões de usuários no mundo todo. Com a integração do “Messenger”, o incremento na base do Skype seria de cerca de 36%, excetuando-se quem já utiliza os dois serviços.
A migração, no entanto, divide os usuários. Nas redes sociais, enquanto alguns brasileiros dizem já ter dado como encerrada a era do “Messenger”, outros dizem já sentir saudades das janelinhas coloridas e de recursos que se consagraram no serviço, como os emoticons. Também fizeram sucesso no chat a ferramenta que chama a atenção do amigo e faz a caixa de mensagem tremer, além dos “winks”, figuras animadas que pulam na caixa de diálogo, como porquinho, beijo e carta de amor, entre outros.
(Estadão Conteúdo)

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

VENCEDOR DO PRÊMIO JABUTI: "É UM PESO ENORME"

Oscar Nakasato, no lançamento de seu primeiro romance, 'Nihonji'
"Agora vou ter de provar competência", diz vencedor do Jabuti.

A coisa toda se resume num clichê: sonho de quase todo escritor, ganhar um Jabuti se tornou um pesadelo para o paranaense Oscar Nakasato. Depois de vencer o prêmio da editora Benvirá em 2011 e ser apontado como um dos principais nomes da nova literatura brasileira no começo de 2012, em seleção feita pelo jornal literário Rascunho, Nakasato poderia sentir um gosto de consagração com o primeiro lugar na categoria romance do Jabuti. Mas a manipulação de notas por um jurado malandro – aliás colaborador do curitibano Rascunho – lhe valeu tanto o prêmio quanto uma ameaça à carreira.

LEIA TAMBÉM: Curador do Jabuti já admite mudança nas regras em 2013

“A minha responsabilidade aumentou demais. Vou ter de fazer um segundo romance muito, muito bom para provar que tenho competência”, diz Nakasato, 49, professor universitário que levou quatro anos para concluir Nihonji, o livro vencedor das premiações Benvirá e Jabuti. “Estar envolvido em uma polêmica com a Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras, e outros grandes escritores é complicado… É um peso muito grande para mim.”

O jurado malandro, que deu notas mínimas a Ana Maria Machado, Nakasato diz não conhecer. Tampouco concordar com seus métodos. “Dar nota zero ou perto disso para um finalista do Jabuti, como a Ana Maria Machado, que havia ficado entre os dez indicados ao prêmio de melhor romance, é desproporcional”, diz. “Estou sentindo um grande desconforto em função das notas. Eu deveria estar contente com esse prêmio.”

Nihonji (Benvirá, 176 páginas, 19,90 reais) conta a história de um imigrante japonês que chega ao Brasil no começo do século XX seguindo a orientação de seu imperador: buscar riquezas e levá-las para o Japão. Aqui, porém, os planos não saem como o previsto. A saga brasileira de Hideo Inabata, sua dura rotina de trabalho no campo, a perda da primeira mulher e os confrontos com os filhos são narrados por seu neto, a distância de duas gerações.

Maria Carolina Maia
Fonte; Revista Veja

domingo, 14 de outubro de 2012

COMO TREINAR UM SUPERFILHOTE(LIVRO)

Todo animal de estimação pode ser bem comportado. Esse é o lema da zoóloga britânica Gwen Bailey, uma das maiores autoridades do mundo em adestramento de cães e gatos. Mas a especialista tem duas ressalvas. Primeira: tudo fica mais simples quando se lida com filhotes; segunda: tudo só vai funcionar de maneira natural se o proprietário do bichinho liderar, ele mesmo, o processo de treinamento. Isso porque donos de pets têm de assumir a responsabilidade pela criação dos filhotes desde cedo.

Como treinar um superfilhote oferece uma orientação segura para criar cãezinhos tranquilos, felizes e adaptados à dinâmica e às regras do lar onde vivem. O livro é ilustrado com sequências fotográficas que mostram o passo a passo de técnicas de adestramento e conta com um detalhado guia para a seleção do filhotinho: um catálogo com fotos que contempla as raças mais conhecidas e suas demandas específicas em termos de exercício, dieta e cuidados gerais. Ao longo do livro, a autora destaca que o mais importante é escolher cães cujas características combinam com o estilo de vida do potencial dono e que a escolha do filhote não deve se orientar por critérios subjetivos, como estética, mas por dados objetivos, como disponibilidade de espaço físico ou presença de crianças na casa.

A publicação Como treinar um superfilhote mostra que fazer a coisa certa desde o início do relacionamento entre humano e cão é a garantia para uma convivência harmoniosa no futuro.

A autora
Gwen Bailey é treinadora e especialista em comportamento animal. Além de fazer palestras em vários países, escreveu vários livros sobre treinamento de cães, como What is my dog thinking?, What is my cat thinking? eAdopt the Perfect Dog: A Practical Guide to Choosing and Training an Adult Dog. Faz parte da organização inglesa da Association of Pet Behaviour Counsellors. Fundou a Puppy School, que oferece aulas de treinamento positivo a filhotes do Reino Unido, e é sócia do Battersea Dogs and Cats Home.

De couro e alma!(Men's Health - moda)



Questão de pele
3 razões para ter jaquetas e acessórios de couro
Versatilidade Além de ser elegante e clássico, o couro é uma matéria-prima que, moda vai moda vem, nunca sai da área.
Durabilidade Os insumos utilizados no tratamento químico para transformar a pele de animal em tecido de roupa tornam o couro muito durável. É comum peças passarem por gerações, de pai para filho.
Respirabilidade O tecido não abafa sua pele e, ao mesmo tempo, mantém a temperatura corporal. Serve para dias mais frios ou menos frios.

Melhores momentos
O espírito rebelde e aventureiro marcam a presença da jaqueta de couro na história do homem. Inpire-se!

década de 10
1914 Na Primeira Guerra Mundial, pilotos de avião belgas e franceses começaram a usar casacos de couro para se proteger do frio. Depois, o paraquedista americano Leslie Irvin fabricou o primeiro modelo clássico da jaqueta estilo aviador, chamado A1. Ele é curto (vai até o quadril), fechado com zíper e tem cintura e punhos justos (sanfonados).
1917 A Força Aérea Americana adota a jaqueta estilo aviador e passa a chamá-la de bomber.
década de 20
1928 A marca Schott, criada em 1913 pelos irmãos Irving e Jack Schott, desenhou e fabricou a primeira jaqueta de couro modelo perfecto para a Harley Davidson. Características dele: zíper transpassado, botões de metal e cinto de fivela.
década de 30
1936 É o ano-cenário do filme Indiana Jones e a Última Cruzada, em que o ator americano Harrison Ford enfrenta os nazistas vestindo uma bomber.

década de 50
EDEN “E o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu” Genesis, 3:21
1953 O cinema populariza nova versão da perfecto no filme O Selvagem, com o ator americano Marlon Brando.
1955 James Dean, ator americano símbolo de rebeldia e angústias da juventude, também adota o couro.


década de 60

1960O cantor americano Elvis Presley usa modelos justos, paletós de couro e jaquetas com franjas, inspiradas no Velho Oeste americano.
década de 70
1974 O estilo da banda americana Ramones marca o visual de gerações: punks com jaquetas de couro cheias de correntes e tachas.

1978 O filme musical Grease, protagonizado por John Travolta e Olivia Newton-John, populariza no mundo uma galera de jovens que não vive sem a perfecto.

década de 80
1982 O cantor americano Michael Jackson lança o disco Thriller e a inseparável jaqueta vermelha dele.
1984 O Exterminador do Futuro, filme com o austríaco Arnold Schwarzenegger, surge com uma perfecto à prova de ciber balas.
1986 O ator americano Tom Cruise não tira a bomber no filme Top Gun, Ases Indomáveis.



século 21
2012 A jaqueta de couro continua referência de elegância nos caras que mais entendem de estilo por aí.
Vida longa ao seu couro
Cuidados essenciais para você fazer sua peça durar

Para saber se é de verdade A superfície e a cor do couro legítimo não são totalmente regulares – nenhuma pele animal é perfeita! Também vale checar a etiqueta da jaqueta: nela não devem constar itens como poliéster, algodão etc.
Para guardar No mínimo duas vezes ao ano, hidrate e impermeabilize o couro com produtos específicos para ele (você encontra em sapatarias). Guarde a peça em lugar ventilado – não em sacos plásticos. Nunca guarde antes de 12 horas depois de usá-la – até lá, pendure a jaqueta em alguma cadeira.
Para limpar Passe um pano úmido (quase seco) ou leve a jaqueta a uma lavanderia especializada. Jamais faça com sua peça de couro: esfregar com desengordurante, álcool ou bucha, lavar e secar na máquina. São coisas que deformam o tecido.
Para secar Sua jaqueta tomou chuva? Pendure-a num lugar arejado, sem fonte de calor por perto – nada de colocá-la atrás da geladeira.

Jaqueta Richards 2280 REAIS
Camisa Rockstter 289 REAIS
Calça Renner 79,90 REAIS
Bota Basko 390 REAIS
Antes que seja tarde
Vacilou e deixou sua peça de couro detonar? recupere-a já e não deixe estragos rolarem de novo Pasta desgastada Solução Hidratar com produtos específicos (você encontra em sapatarias) três vezes por ano.
Como evitar Limpar e hidratar ao menos uma vez por ano, sempre com produtos compatíveis com o tipo do couro.
Sapato com vinco Solução Não há. Uma vez marcado, couro que é couro não volta a ficar liso. Então, cuide…
Como evitar Ao guardar o calçado, ponha dentro dele uma forma de madeira e conserve o formato original do sapato. Mantenha o couro limpo e hidratado.
Sapato molhado Solução Deixe secar em local arejado, sem fonte de calor por perto. Depois de seco, espere 12h para guardar no armário. Como evitar Leve o calçado à sapataria para checar a possibilidade de impermeabilização. Ou pergunte isso ao comprá-lo.

Jaqueta Iódice 790 REAIS
Camisa Fideli 160 REAIS
Gravata Rockstter 99 REAIS
Calça Forum 498 REAIS
Sapato Basko 430 REAIS
Para comprar Verifique se o sapato está confortável – os pés incham no final do dia e sapatos de couro laceiam.

Para comprar Ao escolher malas, pastas e carteiras, verifique se as costuras estão     em ordem.
Cinto CNS 69 REAIS
Mala Richards 1490 REAIS
Sapato Democrata 410 REAIS
Terno Ricardo Almeida 2200 REAIS
Para comprar Qual a minha numeração de cinto? Some dez à medida da sua cintura. A sobra de tecido depois da fivela abotoada deve ser cerca de 6 cm.
Para aumentar ou diminuir Exagerou no tamanho dos pratos nos últimos meses e ganhou pança? Ao contrário, emagreceu?
Um bom sapateiro consegue mudar o tamanho de seu cinto.

Para durar mais Impermeabilize e hidrate a pulseira (com produtos específicos que você encontra em sapatarias) pelo menos três vezes ao ano (dependendo do uso). Para limpar Se ela for de couro liso e cores básicas (preto e marrom), use um pano úmido (quase seco). Se necessário, é possível tingir o couro.

Camiseta Colcci 179 REAIS
Óculos Dsquared2 928 REAIS
Relógio Emporio Armani 1699 REAIS
Corrente Guerreiro 731 REAIS
Corrente Joly 120 REAIS (cruz)
Anel Guerreiro 490 REAIS
Pulseira Joly 310 REAIS (direita)
Pulseira Joly 290 REAIS

Fontes: Nadir Felício, gerente operacional da rede Sapataria do Futuro; Gian Pier de Caprio, proprietário da Sapataria Barone (fundada em 1965), em São Paulo; Darlene Fonseca Rodrigues, diretora do Centro Tecnológico do Couro do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Estância Velha (RS).
ONDE ENCONTRAR: Basko 0800 7780078 / CNS 0800 7732344 / Colcci (47) 3247-3000 / Democrata 0800 341500 / Dsquared2 (Marcolin) 0800 7715557 / Emporio Armani 0800 0554898 / Fideli (11) 3616-2323 / Forum (11) 3085-6269 / Guerreiro (11) 3088-8922 / Iódice (11) 3085-9310 / Joly (11) 3813-6514 / Renner (11) 2165-2800 / Ricardo Almeida (11) 3812-6947 / Richards (11) 3814-1739 / Rockstter (11) 3823-2446
Fonte Revista Men's Health
Por Gabi Comis Fotos Vitor Pickersgill

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

12 perguntas sobre como conviver bem com os cães em casa

Cachorro
Tenho um cachorro velhinho que está perdendo a visão. Como preparar a casa para ele? 

O primeiro cuidado é não alterar a disposição dos móveis e objetos, uma vez que o cão já se acostumou a ela: evite trocar sofás, mesas de centro e vasos de lugar. Isso vai impedir que ele esbarre em algo e se machuque. Para prevenir acidentes mais graves, bloqueie o acesso a áreas como escadas, sacadas e piscinas, instalando redes de proteção e portões removíveis.

Outra dica valiosa: com a chegada da velhice, os cachorros tendem a sentir mais frio em função da diminuição do metabolismo. Por isso, o mais aconselhável é disponibilizar uma cama aconchegante e confortável dentro de casa.

Meu cachorro tem mania de puxar minha roupa quando vou sair de casa e já até rasgou algumas peças. O que fazer? 

Ele precisa sentir algum desconforto quando estiver prestes a puxar sua roupa. Recorra, por exemplo, à ajuda de uma lata cheia de moedas: chacoalhe-a no momento em que o cachorro fizer menção de pular. Se ele for medroso, prefira um borrifador para o treinamento, lançando a água em seu focinho.

Outra alternativa para inibir o comportamento é usar a guia. Nesse caso, conte com a ajuda de alguém da casa. Coloque a coleira, simule sua saída e peça que seu parceiro pise na ponta da guia quando ele pular. O pet levará um leve tranco a cada tentativa e, com o tempo, abandonará o hábito. Importante: para dar certo, o desconforto só deve ser provocado no instante exato da infração.

Adotei um cachorro que foi vítima de maus tratos. Como adaptá-lo à nova casa e fazê-lo ganhar confiança? 

Os cães são capazes de demonstrar enorme afeto por um novo proprietário e, quando bem tratados, tendem a reconhecê-lo como dono. Normalmente, aqueles que sofreram maus tratos se tornam desconfiados e, nesse caso, a aproximação demora mais. Incentivar com petiscos o animal a vir até você é uma boa solução.

Para não provocar outros traumas, evite atitudes que o amedrontem, como olhar fixamente nos olhos ou fazer gestos bruscos. Procedimentos incômodos, como a vacinação, também pedem cautela. Se tiver de repreendê-lo, nunca dê broncas que possam assustar. Recorra apenas à ajuda de um spray amargo, sem demonstrar que está zangado. Não grite nem diga ‘não’.

Há uma semana, adotei um cão, que está dormindo dentro de casa. Como ensiná-lo a dormir no quintal? 

O cão só deve ser levado para dormir no lugar definitivo depois de estar familiarizado com a casa. Essa transição leva uns três dias. O primeiro passo é adquirir uma casinha confortável e resistente ao vento e à chuva. Geralmente, os pets se sentem protegidos em tocas, onde gostam de descansar e roer ossos.

Tente colocá-la perto da porta da entrada ou em algum ponto de onde o cachorro possa ver os donos. Se ele chorar ou latir quando ficar sozinho, não tenha receio de repreendê-lo. Mas a bronca deve ser rápida e sem palavras. Como? Faça barulho com uma lata cheia de moedas. Assim ele não vai achar que recebeu atenção do dono.

Meu cachorro adora cavar buracos no jardim. Como evitar esse comportamento? 

Os cães cavam por vários motivos. O instinto os faz revolver o lugar onde querem deitar, geralmente nas áreas mais frescas do jardim. Por isso, disponibilize um canto com essa característica para ele. Já cachorros entediados cavam para se distrair: passeios e brincadeiras afastam o problema.

Evite também que o cão enterre objetos no quintal. Antes de dar um osso, por exemplo, amarre-o numa corda. Mas, se o pet elege pontos específicos, experimente colocar as fezes dele nos buracos antes de cobri-los de terra. Outra dica é repreendê-lo no momento exato em que estiver fazendo a farra. Como? Borrife água ou produza um ruído que o assuste.

O que fazer para que meu cachorro não destrua objetos da casa? 

Primeiro, crie atividades para o cão, oferecendo alternativas que o mantenham com a boca ocupada. Dê ossos gostosos ou esconda petiscos para que ele tente procurá-los. Vale tornar desagradáveis os objetos que o pet gosta de destruir. Quando o cão estiver roendo algo proibido, faça barulho com uma lata cheia de moedas sem que ele perceba que foi você. Outra tática é usar sprays amargos, não tóxicos, vendidos em pet shops e feitos para espirrar em objetos. Assim, o problema deixará de ocorrer não só na sua presença. Esses produtos devem ser usados na freqüência necessária para o cão se desinteressar pelos objetos, geralmente, uma vez ao dia. Vale alertar também que, se aplicado numa revista, por exemplo, pode estragá-la.

Posso deixar meu cão subir no sofá e dormir na cama?

Permitir que o cão faça o que bem entender pode colaborar para que ele se sinta o dono da casa e demonstre agressividade de dominância quando contrariado. Além disso, esse tipo de atitude vai deixá-lo mimado e muito apegado ao dono. Assim, quando tiver de passar uma noite em um hotelzinho, sofrerá mais. Uma boa saída é criar ambientes agradáveis para o pet, fazendo com que ele prefira descansar nesses locais.

Em lojas especializadas, há caminhas e colchões superconfortáveis. Mas há cães que sentem calor e gostam de ficar deitados com a barriga voltada para o piso frio. Uma dica: quando ele tentar subir na cama ou no sofá, provoque nele algum desconforto. Tente borrifar um spray de água na cara do bicho ou sacudir uma lata cheia de moedas.

Vivo em apartamento e meu cachorro late sempre que ouve algum barulho no corredor, incomodando os vizinhos. Como controlá-lo? 

Um truque para evitar os latidos é associá-los a algo desagradável. Você pode dar um susto no cachorro quando ele começar: chacoalhe uma lata de moedas ou borrife água no focinho no momento exato do comportamento indesejado. Se houver mais de um cão no apartamento, prefira repreender o que late demais com a água, pois o barulho da lata pode assustar os outros.

Também é importante premiar o pet quando ele agir corretamente. Simule a situaçãoe recompense-o com petiscos se ficar quieto. E atenção: cachorros entediados são mais propensos a desenvolver problemas como esse. Portanto, exercite seu amigo com passeios diários e brincadeiras.

Minha família viajará de férias e nosso cão ficará em um hotelzinho. O que fazer para que ele não sinta a nossa falta? 

Pets têm sexto sentido. São capazes de farejar longe a iminente separação do dono dias antes da viagem e ficar ansiosos. Esse estresse aumenta com a ida para um ambiente desconhecido. Nessa hora, preparar o cachorro é essencial: alguns dias antes, estimule seu apetite. Misture a ração habitual com aquelas enlatadas (mais macias e saborosas) e peça para o hotel fazer o mesmo.

Outra dica: coloque os brinquedos prediletos do pet e uma roupa com o cheirinho do dono (vale até uma camiseta) na bagagem do animal. Odores familiares e objetos conhecidos vão deixá-lo bem mais tranqüilo. Dê uma olhadinha se as vacinas e o vermífugo do cão estão em dia.

Meu cachorro tem pavor de fogos de artifício e não para de latir quando há tempestades com trovões. O que posso fazer? 

Acostume-o gradualmente a sons altos. Quando houver estrondos que o assustem, brinque e ofereça petiscos, mas nunca se abaixe para consolá-lo ou protegê-lo: ele pode avaliar a atitude como uma demonstração de medo e se sentirá ainda mais inseguro. Habituá-lo à TV e ao rádio também e um bom treinamento.

Assim, em dias de comemorações ou tempestades, você poderá amenizar o barulho com uma música, por exemplo. Procure também adaptar um canto da casa como refúgio nessas situações e, se possível, instale ali janelas antirruído. Se o cão já tiver um esconderijo, respeite a escolha e faça o procedimento lá.

Tenho dois cachorros e vou me mudar de uma casa para um apartamento. Qual a forma de adaptá-los para evitar bagunça? 

Reserve um local onde possam fazer suas necessidades, como a área de serviço. Estimule-os a usá-lo dando petiscos sempre que acertarem. Mesmo que adquiram o hábito de urinar na rua, ter um banheiro em casa é essencial. Para mantê-los saudáveis, leve-os para passear todos os dias e, duas vezes por semana, vá a um parque onde possam se exercitar.

Caso comecem a destruir objetos, repreenda-os fazendo barulho com uma lata cheia de moedas no momento da ação. Resolva esse comportamento oferecendo ossos de couro. Até que os cães entendam o que é permitido ou não mastigar, não deixe objetos delicados nos ambientes.

Meu cachorro é agressivo com as visitas. O que fazer? 

Mesmo um cão educado pode ser agressivo com estranhos ao se sentir intimidado ou enciumado. Quando está com medo, ele pode latir, rosnar e se esconder. Se é assim que o seu mascote se comporta, deixe-o na guia quando receber alguém. E, ao demostrar agressividade, tem de ser repreendido imediatamente.

Depois da bronca, ele tende a relaxar, pois sente que o dono está tomando conta do seu território. Quando o pet tentar chamar atenção com um brinquedo, pare o que estiver fazendo, brinque um pouco e chame-o pelo nome – inclusive quando estiver recebendo visitas. Assim, ele não se sentirá ignorado.

FONTE: EXAME.COM
RESPOSTAS DO ZOOTECNISTA ALEXANDRE ROSSI

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"O Vira Lata"(quadrinhos)


Herói dos detentos do Carandiru, o Vira Lata chega agora para o público fora das grades. Sete gibis com o personagem, que circularam exclusivamente no presídio entre 1993 e 2000, mais o álbum original lançado em bancas e uma inédita são agora reunidos no livro "O Vira Lata".

Fã de gibis de faroeste como "Roy Rogers", o médico Drauzio Varella sempre arruma um tempo entre suas consultas para conferir as bancas de jornais. Pois em novembro de 1991, bateu o olho em uma HQ da coleção Animal e gostou do que viu.

Tratava-se de "O Vira Lata", criação do músico Paulo Garfunkel com o artista Libero Malavoglia, que contava a história de um justiceiro paulistano em guerra com um grupo de policiais exterminadores. O personagem era filho de uma mulher e de cinco homens, fruto da miscigenação brasileira.

Ele não tinha superpoderes (a menos que você considere que ele levava todas as mulheres que queria para a cama). Havia muito sexo no gibi --e também drogas.

Drauzio concatenou isso tudo com uma cena que havia visto pouco antes no Carandiru, onde prestava serviço voluntário: detentos jogando fora folhetos do ministério da Saúde, que alertavam para o risco de contaminação de Aids por meio do compartilhamento de seringas no uso de cocaína injetável.

Esses mesmos detentos gastavam seu tempo lendo Cebolinha, Tio Patinhas, Homem-Aranha e Batman.

Tudo isso junto desaguou na curiosa parceria entre o médico e a dupla de artistas. Sete histórias exclusivas foram produzidas nos anos 1990, às margens das autoridades carcerárias, e distribuídas entre os detentos.

Algumas mudanças foram pedidas pelo doutor: o Vira Lata pararia de usar drogas, não mataria mais ninguém, só transaria com camisinha e seria um ex-detento.

Garfunkel e Malavoglia se lançaram com vontade ao projeto, que ecoava traços de Hugo Pratt ("Corto Maltese"), Frank Miller ("O Cavaleiro das Trevas"), Goseki Kojima ("O Lobo Solitário") e Guido Crepax ("Valentina").

Segundo Varella, o número de detentos com Aids no Carandiru caiu de 17% em 1989 para 8% em 2000. Uma conquista que contou com a participação de um gibi.

O VIRA LATA
AUTORES Paulo Garfunkel e Libero Malavoglia
EDITORA Peixe Grande
QUANTO R$ 69 (442 págs.)



POR: IVAN FINOTTI
FONTE DE SÃO PAULO