domingo, 31 de outubro de 2010

A ELEGÂNCIA DO CHAPÉU PANAMÁ


Chapéu Panamá
Vou falar dessa peça maravilhosa que faz com que homens simples ganhem um ar sofisticado e charmoso. E após o que vou falar creio que vai ter vontades de adicionar um a seu guarda-roupa.  A matéria-prima para a fabricação dos famosos chapéus do Panamá é a folha de palma (Cardulovica Palmata), conhecida pelo nome de "Paja Toquilla”. Essa planta se cultiva principalmente nas partes montanhosas da Costa e do Oriente equatorianos, nas províncias de Manabí, Guayas, Esmeraldas e Morona Santiago.
Segundo a lenda, esse chapéu dos nativos conseguiu seu nome simbólico quando Teddy Roosevelt participou da inauguração do Canal do Panamá (1913) e recebeu como obséquio um chapéu de palha equatoriano e, sem saber sua verdadeira procedência, agradeceu o presente referindo-se a ele como Chapéu Panamá.
No período entre 1800 e 1900 o chapéu de palha obteve grandes desenvolvimentos e sua presença, em nível mundial, foi cada vez mais notória, já que esteve presente em eventos como a febre do ouro da Califórnia e a exposição de Paris em 1900.
Sabemos hoje que o "Chapéu Panamá" é feito no Equador. Os segredos para a fabricação desse chapéu são passados de geração em geração e, mesmo atualmente, segue sendo totalmente manufaturado principalmente em Cuenca e Montecristi. Cada chapéu é único, totalmente artesanal, e por isso deve ser cuidado com muito esmero.

Homens ou mulheres ganham muitos pontos se souberem como e com que combinar essa peça. Considero uma das apostas desse verão, podendo ser usado num evento como exposição, num encontro com amigos num bar, numa balada ou num passeio pelo parque. Antes de comprar um, pesquise bastante, compare preços, cores e formatos. No mais saiba que é um investimento maravilhoso para seu look.

Celebridades ditando moda
                 

sábado, 30 de outubro de 2010

A Arte de Maurits Escher


A exposição em comemoração aos 10 anos do CCBB já atingiu o número de 43 mil visitantes. O trabalho dele é magnífico, com uma genialidade impar foi capaz de conceber obras tão complexas e futuristas como jamais serão vistas novamente. Ficou conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. O artista costumava passear pela cidade, passeios durante os quais ia recolhendo objetos que viriam a fazer parte de seus estudos e composições.
Vale à pena conferir esta exposição. No local existe um espaço interativo onde as pessoas são transportadas ao mundo mágico de Escher. Tudo foi preparado de forma a que o espectador fosse transportado ao universo das formas infinitas.





“O MUNDO MÁGICO DE ESCHER”
De terça a domingo, das 9h às 21h
Iniciada em 12 de outubro e irá até 26 de dezembro
No Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
Sala multiuso, Galeria, vão central e jardins
SCES, Trecho 02, lote 22
Tel: (61) 3310-7087
ccbbdf@bb.com.br
Entrada franca

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Coco Chanel


Gabrielle Bonheur Chanel ou como a conhecemos Coco Chanel, foi uma das mulheres mais incríveis de que ouvi falar. Ela influenciou varias gerações, muito a frente de seu tempo e se tornou um ícone do mundo da moda. Vinda de uma família grande: tinha quatro irmãos (dois meninos e duas meninas). O pai, Albert Chanel, era caixeiro-viajante e a mãe, Jeanne Devolle, era doméstica. Depois da morte precoce da mãe, que faleceu de tuberculose, o pai de Chanel ficou com a responsabilidade de tomar conta das crianças. Devido à profissão de seu pai, Coco e as irmãs foram educadas num colégio interno enquanto que os irmãos foram trabalhar numa quinta. Seu apelido deve-se a uma música que cantava com sua irmã.
No ano de 1903, já então com vinte anos, sai do colégio e procura emprego no comercio, tenta a dança e até mesmo o teatro, sem muito sucesso.
Com vinte e cinco anos, Chanel conheceu um rico comerciante de tecidos, chamado Etienne Balsan, com quem passou a viver. Por volta de 1910, na capital parisiense, Coco conheceu o grande amor da sua vida: um milionário inglês Arthur Capel. Capel ajudou-a a abrir a sua primeira loja de chapéus. A loja Chanel iria tornar-se num sucesso e apareceria nas revistas de moda mais famosas de Paris. Com este relacionamento, Chanel aprendeu a freqüentar o meio sofisticado da Cidade Luz. Meses mais tarde Arthur Capel morre num acidente de carro.
Chanel abre a primeira casa de costura, onde também comercializa chapéus. Nessa mesma casa, começou a vender roupas desportivas para ir à praia e para montar a cavalo. Pioneira, também inventou as primeiras calças femininas.
No início dos anos 20, Chanel conheceu e apaixonou-se por um príncipe russo pobre, Dmitri Pavlovich, que tinha fugido com a sua família da Rússia, então União Soviética. A sua relação com Paulovitch a fez desenhar roupas com bordados do folclore russo e, para isso, contratou 20 bordadeiras. Neste período, Chanel conheceu muitos artistas importantes, tais como Pablo Picasso, Luchino Visconti e Greta Garbo.
Suas roupas vestiram as grandes atrizes de Hollywood, e seu estilo ditava moda em todo o mundo. Além de confecções próprias, desenvolveu perfumes com sua marca. Os seus tailleurs são referência até hoje.
Em 1921, criou o perfume que a iria converter numa grande celebridade por todo mundo, o nº5. O nome referia-se ao seu algarismo da sorte. Depois deste perfume, veio o nº17, mas este não teve o mesmo êxito que o nº5.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Chanel fechou a casa e envolveu-se romanticamente com um oficial alemão. Reabriu-a em 1954.
No final da guerra, os franceses conceituaram este romance mal e deixaram de freqüentar a sua casa. Nesta década, Chanel teve, portanto dificuldades financeiras. Para manter a casa aberta, Chanel começou a vender suas roupas para o outro lado do Atlântico, passando a residir na Suíça. Devido à morte do ex-presidente norte-americano John Kennedy e à admiração da ex-primeira-dama Jackie Kennedy por Chanel, ela começou a aparecer nas revistas de moda com a criação dos seus tailleurs (casacos, fato e sapatos). Depois voltou a residir na França.
Faleceu no Hôtel Ritz Paris em 1971, onde viveu por anos. O seu funeral foi assistido por centenas de pessoas que levaram as suas roupas em sinal de homenagem.

(A fotografia do topo é a capa do livro "Le Temps Chanel" da escritora Edmond Charles-Roux)

domingo, 17 de outubro de 2010

BLAZER





Esse é o curinga do guarda roupa masculino. E se você for como eu e não gosta muito de usar terno esta é a solução, além de ser extremamente charmoso. Essa peça maravilhosa surgiu em 1837 na Inglaterra as vésperas da visita de inspeção da rainha Vitória à fragata H.M.S. Em caráter de emergência o comandante Blazer criou o blazer. Mandou fazer paletós azul marinho de sarja com botões de metal e o emblema da Marinha Real. O resultado foi que a rainha Vitória ficou encantada, sugerindo que toda Marinha passasse a se vestir daquela maneira.
Nos anos 60 o estilista Pierre Cardin deu uma remodelada no blazer, passando a ter ares mais sociais. A forma atual dos blazers devemos aos italianos, que os adaptaram ao clima quente retirando forros e estruturas rígidas e passando a usar tecidos mais leves. Mais foi nos anos 70 que pelas mãos de Armani o blazer chegou a sua forma atual com todo charme e leveza que ele propõe.
Segundo alguns estilistas e revistas conceituadas o ideal é ter um blazer cáqui, com o qual será possível montar vários looks para ocasiões diferentes. Gosto da combinação com camisa pólo, jeans e tênis baixo.





As meninas também ficam lindas com essa peça, que é capaz de destacar ainda mais as curvas femininas. Muitas vezes tornando um look casual em uma combinação altamente chic. 


sábado, 16 de outubro de 2010

PERFUMES E SUA IDENTIDADE

Sou apaixonado por perfumes desde criança. Nunca gostei dos muito adocicados, nem dos que me deixavam tonto de tão forte que os achava. Já gostava das fragrâncias amadeiradas mesmo não sabendo que eram descritos assim.
Os Perfumes são combinações de óleos e essências aromáticas diluídas em álcool e água comumente utilizadas para proporcionar agradáveis aromas, sentimentos e emoções. Alguns são adocicados, outros amadeirados, cítricos ou florais, costuma-se aplicar nas partes mais quentes do corpo como pulso, nuca e atrás das orelhas. Cada perfume tem uma nota que o diferencia do outro, assim como um mesmo perfume quando usado por pessoas diferentes adquire um tom diferente.
A arte da preparação de perfumes teve seu inicio no Egito, os egípcios zelavam muito pela higiene pessoal, tinham o costume de lavar-se ao acordar, antes e depois das refeições. Além de água, utilizavam uma pasta de argila e cinzas e em seguida esfregavam incenso perfumado no corpo. No século IX Al-Kindi, químico árabe, registrou receitas de óleos de fragrâncias, salves e águas aromáticas no livro intitulado “Livro da Química de Perfumes e Destilados”. O livro também descrevia técnicas para a perfumaria, assim como utensílios utilizados na cultura dos perfumes que levaram nomes árabes, como alambique, por exemplo.
Os fixadores que aglutinam as diversas fragrâncias incluem bálsamo, âmbar cinzento e secreções glandulares de civetas e cervos almiscarados. Estas secreções sem diluir tem um odor desagradável, porém em solução alcoólica atuam como conservantes. Atualmente, estes animais estão protegidos em muitos países, por isso, os fabricantes utilizam almíscares sintéticos.


Concentração das fragrâncias:



  • Parfum (extrato de perfume): a forma mais concentrada, entre 20%-40% (~25%) de compostos aromáticos (essência).
  • Eau de parfum EdP (deo perfume): varia de 12-18% (~15%) de compostos aromáticos (essência).
  • Eau de toilette EdT: 8-14% (~10%)de compostos aromáticos (essência).
  • Eau de cologne EdC (deo colônia): 3-7% (~5%), baixa concentração de essências (essência).
  • Splash Perfumes EdS: ~1% de compostos aromáticos (essência).




Algumas familias olfativas:

  • Cítricos Florais: quando utilizam matérias-primas extraídas de cascas de frutas tais como lima, limão, laranja, pomelo, tangerina, mandarina, entre outras. Também denominam-se "frutados".
  • Florais Aldeídos: a matéria prima é extraída das flores naturais ou desenvolvida sinteticamente em laboratórios. As notas tem caráter delicado, sutil e discreto.
  • Fougère: elaborado a partir de matérias-primas leves e frescas, normalmente extraídas de madeira, por isso são conhecidos como amadeirados, e a elas se juntam a mistura de álcoois, tubérculos e raízes. São muito utilizados em fragrâncias masculinas.
  • Chipre Florais: fabricados com matérias-primas advindas de musgos, normalmente do carvalho. São os perfumes mais clássicos e sofisticados.
  • Orientais Florais: suas misturas são constituídas normalmente das tuberosas, baunilha, patchouly, ylang ylang. Inspiram sofisticação, são marcantes, misteriosos e super sensuais.
  • Couros Secos: fragrâncias extremamente secas, com características dominantes. Suas matérias primas são extraídas do tabaco, de madeiras, couros, musgos etc.
  • Aldeídos Florais: geralmente são misturas sintéticas, também usadas nos perfumes muito clássicos e sofisticados. Possuem um certo frescor inicial característico e picante.
  • Aromáticos Secos e Frutados: são misturas de secos e frutados, que criam uma fragrância híbrida. Geralmente usam condimentos como cominho, estragão e manjericão, além de especiarias como o cravo, canela, noz-moscada e até mesmo a pimenta.