quinta-feira, 5 de maio de 2011

Afetividade vale mais que biologia, diz ministro do STF(O Destak)


Reconhecimento da união civil homossexual deve ser julgada hoje no Supremo

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje o julgamento de duas ações que pedem reconhecimento da união estável entre casais de mesmo sexo. 
Os ministros interromperam as discussões ontem após o voto do relator, Carlos Ayres Britto, favorável à união gay. 
De acordo com o Código Civil, "é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família".
Para o relator, porém, esse texto deve ser interpretado conforme a Constituição, excluindo "qualquer sig-nificado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como 'entidade familiar', entendida esta como sinônimo perfeito de 'família'". 
No entendimento do ministro, ainda, se a união gay não é proibida pela legislação brasileira, automaticamente torna-se permitida. Por isso, disse ele, deve ter os mesmos direitos garantidos às uniões estáveis de heterossexuais. 

Respeito 
Ayres Britto ressaltou que não pode haver discriminação por conta da orientação sexual e a Constituição garante o direito à intimidade. "Os homossexuais só se realizam como tais, da mesma forma que os heterossexuais, e a Constituição não proíbe a homossexualidade", afirmou. 
Ele lembrou o uso crescente da palavra homoafetividade e concluiu que, no século 21, a afetividade é mais importante que a biologia.
 

O relator do processo no STF, ministro Ayres Britto 
stf
Jornal O Destak

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