sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Gravata


Hoje enquanto arrumava meu guarda-roupas encontrei a minha primeira gravata. É uma peça preta com uma estampa do Taz vestido com ares de banqueiro. Sempre gostei de chamar a atenção para meu visual, algo que devo ter herdado de minha mãe. É claro que sempre divergíamos quando o assunto era moda.
O termo gravata deriva do francês "cravate", que por sua vez é uma corruptela de "croat", em referência aos croatas, que primeiro apresentaram a indumentária à sociedade parisiense.
Escolher uma gravata é algo simples. Escolha sempre as de seda, pois são bem mais bonitas e o nó fica mais bonito. Gosto de usar com prendedor, acho que fica muito mais bonito e alinha melhor... Sempre achei mais charmoso o uso de gravata com prendedor, como se desse um ar mais poderoso.
No momento está em alta o uso de gravatas mais estreitas, elas chegaram para marcar a temporada. Já podemos ver por aí que o gosto pegou mesmo. As pessoas mais antenadas em moda já começaram a apostar nelas.
O nó da gravata é muito importante, e para alguns é uma tarefa dificil de ser feita. Mais basta praticar um pouquinho para se tornar um experte. Do nó simples ao windsor, basta escolher o que mais se adapta a sua personalidade. Quanto a cor e o padrão, basta dar uma olhadinha por ai para ver quanta gravata bonita existe à nossa disposição.
Nó simples, windsor e nó duplo.


sábado, 22 de janeiro de 2011

Ponte JK só para carros de passeio(Jornal Alô Brasília)

Roberval Eduão
A Ponte Juscelino Kubitschek foi liberada no final da tarde de ontem (20) pelo Departamento de Transito do Distrito Federal (Detran-DF), no sentido Plano Piloto-Lago Sul. Interditada desde 12h30 de quinta-feira, a ponte apresentava desní­veis e oscilações em sua estrutura. Nas próximas 48 horas, a JK deverá passar por inspeções nas partes inferiores e superiores, segundo o presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Maurí­cio Canovas Segura.
Apenas carros de passeio, com velocidade limitada a 40Km/h, podem trafegar no local. Ônibus e caminhões estão proibidos de trafegar pela ponte, por enquanto. A pista de sentido Lago Sul-Plano Piloto ainda depende de liberaçãoo da Polí­cia Militar. O governo divulgou nota à  população onde tenta acalmar os brasilienses, garantindo que não há problemas de estabilidade da terceira ponte. Em nota, o GDF afirmou que "não houve nenhum tipo de acidente na Ponte JK" e que "em primeira vistoria técnica, não foi constatado nenhum problema que comprometa a estabilidade da Ponte JK".

Ainda de acordo com a nota, houve "um desnível no piso, na região da junta de dilatação" da ponte. Após uma vistoria preliminar feita no início desta tarde por integrantes da Defesa Civil, da Novacap, do Corpo de Bombeiros, constatou-se que o desnível chegou a uma dilatação de 3 a  4 cm na ponte JK. Segundo o professor Guilherme Melo, do departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasí­lia (UnB), se trata de um desní­vel pequeno, mas que o ideal para os motoristas é de que se aproxime de zero.

As oscilações na ponte foram descobertas pelos Bombeiros após reclamações de motoristas e ciclistas, que perceberam movimentos na pista. Os deputados Olair Francisco (PTdoB), Celina Leão (PMN) e Eliana Pedrosa (DEM) estiveram presentes no local para verificar a situação da Ponte JK.

Da Redação do Jornal Alô Brasília

21/01/2011 19h00
Tiago Fernandes
tiago.fernandes@jornalalobrasilia.com.br

Justiça libera recurso contra correção do Enem(O Destak)


Liminar manteve prazo de inscrição no sistema de seleção para universidades, que terminou ontem

A Justiça Federal no Ceará concedeu liminar ontem permitindo que os candidatos de todo o país tenham acesso às provas corrigidas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), inclusive à redação. 

Com isso, os candidatos poderão recorrer contra a correção, contestando os critérios utilizados e a nota obtida. A Justiça deu prazo de dez dias a partir do momento em que o estudante tenha o exame em mãos para a apresentação de recurso. 

A decisão, entretanto, manteve o cronograma de seleção para vagas no ensino superior com base na nota do Enem (o Sisu). O prazo de inscrição terminou ontem, às 23h59, e o resultado sairá na segunda-feira. 

O juiz Leopoldo Fontenele Teixeira diz na sentença que o acesso às provas deve ocorrer "sem a paralisação da seleção". Mas ele determina ao MEC que adote "todas as providências a seu alcance no intuito de afastar e/ou mitigar eventuais prejuízos sofridos por estudantes que tenham êxito em seu recurso, notadamente matrícula posterior em instituição de ensino de acordo com o real mérito do candidato". 

Explicações 

Mais cedo, o MEC disponibilizou nos boletins individuais dos estudantes os motivos de anulação das provas. Segundo o ministério, o percentual de eliminados (0,5%) é semelhante ao verificado no ano passado. 

Balanço divulgado pelo MEC às 18h de ontem indicava que cerca de 990 mil candidatos haviam se inscrito para disputar mais de 83 mil vagas em universidades e institutos de ensino. Cada candidato pode optar por até dois cursos. 

Rio de Janeiro 

No final da noite de ontem, a Justiça do Rio prorrogou o prazo de inscrições até quarta-feira da semana que vem, mas apenas para os estudantes do Estado. Em nota, o MEC disse que fecharia o site às 23h59, por não ter como liberar o acesso só para o Rio.




(da redação O Destak) 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

OS PILARES DA TERRA(KEN FOLLETT)

Na década de 70, quando Kenneth Follett ainda era um repórter do London Evening News, ele visitou uma catedral na cidadezinha de Peterborough, para passar o tempo enquanto o trem não chegava. A visita foi o início de uma obsessão que levou quinze anos para se transformar no livro que muitos consideram o melhor do autor de A chave de Rebecca e O buraco da agulha. Os pilares da terra é uma obra diferente das outras deste autor que é um dos preferidos de leitores de todo o mundo. Ao invés de manipular uma trama recheada de espiões e agentes secretos, como é seu costume, Ken Follett mergulha, aqui, na Inglaterra do século XII e na construção minuciosa de uma catedral gótica. Emocionante, complexo, pontilhado de coloridos detalhes históricos, Os pilares da terra traça o painel de um tempo conturbado, varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural. A figura que melhor expressa os ideais que inspiraram Ken Follett a escrever este livro é Philip, prior de Kingsbridge, um homem que luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. Mas a galeria de personagens que gravitam em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes. Épico que consegue captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas, Os pilares da terra é a recriação magistral de uma época que nossa imaginação não quer esquecer.
Sinopse:A filmagem do livro que foi um fenômeno de vendas, Os Pilares da Terra é um arrebatador épico sobre o bem e o mal, traição e intriga, violência e beleza. O único filho do rei Henrique morre num acidente e, após a morte do próprio rei, sua filha, Maud, seu sobrinho, Stephen, e seu filho bastardo brigam pelo trono. O período de anarquia abre oportunidades para a família Hamleigh, pequenos nobres em busca de poder, e para o inescrupuloso diácono Waleran, que busca o título de bispo a qualquer custo. Histórias de amor e guerra se misturam às turbulências políticas, como a de Tom que sonha em construir a mais magnífica catedral já vista na Inglaterra. Quando ele e sua família encontram com a fora-da-lei Ellen e seu misterioso filho Jack, suas vidas mudam de rumo e, com a ajuda do monge Philip, o sonho de Tom fica mais perto de se tornar realidade.
Título Original: The Pillars of Earth -- Anarchy
Diretor: Sergio Mimica-Gezzan

Carta do Chefe Siattle


Há muito tempo atrás li esta carta em um dos livros de historia de minhas irmãs, a carta marcou-me profundamente. Nesta época ainda não se falava tanto em ECOLOGIA, as pessoas exploravam a terra como se essas riquezas fossem infinitas. Não que isso tenha mudado muito, as pessoas continuam a explorar os recursos da natureza sem dar muita importancia as consequencias desses atos. O papel de bala jogado na rua, a latinha de refrigerante jogada pela janela, o cedro centenário tombado numa questão de minutos, tudo levando ao mesmo ponto trágico. Agora a terra esta se adaptando a nós, achando um meio de se adaptar a este organismo que vem se alastrando de forma desordenada. Muitos acumulam mais do que precisam, milhões sobrevivem com tão pouco e alguns tentam encontrar o equilibrio entre o que possuem e o que precisam. Precisamos olhar para trás e vermos os erros que cometemos, para não tornarmos a cometer os mesmos erros. Algumas civilizações desapareceram, povos indigenas foram dizimados sem que tivessem como se defender daquilo que eles não foram os criadores. 
Esta carta foi escrita no ano de 1854 pelo chefe Seattle, da tribo Suquamish, em resposta a uma proposta(feita pelo presidente dos Estados Unidos) de compra das terras em que viviam. Esta carta foi divulgada pela UNESCO em 1976, durante as comemorações do Dia Mundial do Ambiente. 
Este é um dos mais belos manifestos pela vida que já li.

"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro." Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao "seu próprio" mau cheiro... Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos. "O que é o homem sem os animais?" Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.

Vocês devem ensinar às sua crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.

O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu o teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo. "Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos ( e o homem branco poderá vir a descobrir um dia ): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem.

Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos. Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência.

Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los. Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho... Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo.

O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais. "Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão. "Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho.

Deixa para traz os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa... Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto. "Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda. "Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto.

Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros."

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

No Varjão, gambiarras colocam famílias em risco(Alessandro Dantas - O Destak)



Mais de 700 pessoas estão em risco na área de transição do Varjão. De acordo com a Defesa Civil, há grande possibilidade de incêndios no local por conta do elevado número de gambiarras na rede elétrica. Além disso, a região não tem o mínimo de saneamento básico. As famílias foram transferidas para o local provisoriamente, mas algumas vivem no local há anos. 
A salgadeira Regina da Silva Ferreira, 40 anos, vive na área de transição com o marido, seis filhos e mais quatro parentes. Eles esperam há quase uma década um lote do governo. "Quando chove forte, eu não durmo com medo de curto-circuito e a casa pegar fogo. Tenho muito medo", diz. "Teve um dia em que os fios começaram a pegar fogo e o meu marido ia jogar água, eu dei um grito para ele parar e fui correndo desligar a energia. Graças a Deus não aconteceu nada." Regina fez, de maneira improvisada, toda a instalação elétrica da casa. Ela usa um vidro de remédio como interruptor da sala. "Meu irmão que mora na Bahia que fez, tem uns seis meses que usamos o vidro para acender e apagar a luz", diz. Ela já recebeu do governo oportunidades de ir para outras regiões administrativas, mas, na esperança de que a área em que mora atualmente seja regularizada, não quer sair do Varjão. 
Já Rosa Alves Rodrigues, 53 anos, não vê a hora de se mudar do local. Há dois na região, Rosa aceitaria um lote em qualquer lugar para sair dali. "Não vou ficar fazendo banca, não. Eu vou para qualquer lugar", conta. 
De acordo com o administrador do Varjão, José Maria Martins, o governo iniciou estudos técnicos para encontrar um local para realocar as famílias, mas ainda não há um prazo definido para a transferência. 

Por ALESSANDRO DANTAS/O DESTAK