Empregados do DF são os únicos que, em média, estudaram mais de dez anos, revela estudo da OIT.
Os trabalhadores do Distrito Federal têm a maior média nacional de tempo de estudo. De acordo com o relatório "Perfil do Trabalho Decente no Brasil", divulgado ontem pelo escritório brasileiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o brasiliense empregado passou, em média, 10,3 anos na sala de aula.
O DF é a única unidade da federação onde os empregados têm uma média de tempo de estudo superior a dez anos. Em outros 15 Estados, o tempo não chega a oito anos, menos que o período necessário para concluir o ensino fundamental.
Para o professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Fernando Pinho, a maior escolaridade do trabalhador brasiliense pode ser explicada pelo elevado número de pessoas que seguem carreira no serviço público. "Geralmente, os concursos públicos exigem, no mínimo, o segundo grau completo", lembra. Para o professor, a alta renda per capita do DF também contribuiu para que os brasilienses tenham mais tempo de estudo.
Outro dado que chama a atenção é a disparidade salarial entre negros e brancos no DF, a maior em todo país empatada com Rio de Janeito e Piauí. Segundo a OIT, a população ocupada negra brasiliense recebe, em média, 57% do salário médio dos brancos. O Amapá é o estado com a menor diferença salarial, com a renda médias dos negros equivalente a 75,3% do salário dos brancos.
O relatório revela ainda que o DF tem o segundo maior número de trabalhadores na formalidade: 69%, quase o mesmo número do estado de São Paulo, que tem 69,1%. Entre os trabalhadores domésticos, 37% têm carteira assinada no DF, o terceiro maior percentual do país, atrás apenas de São Paulo, com 38,9%, e Santa Catarina, com 37,6%.
FONTE:JORNAL O DESTAK
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