sábado, 21 de julho de 2012

Brasilienses são os que mais estudaram


Empregados do DF são os únicos que, em média, estudaram mais de dez anos, revela estudo da OIT.

Os trabalhadores do Distrito Federal têm a maior média nacional de tempo de estudo. De acordo com o relatório "Perfil do Trabalho Decente no Brasil", divulgado ontem pelo escritório brasileiro da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o brasiliense empregado passou, em média, 10,3 anos na sala de aula.
O DF é a única unidade da federação onde os empregados têm uma média de tempo de estudo superior a dez anos. Em outros 15 Estados, o tempo não chega a oito anos, menos que o período necessário para concluir o ensino fundamental.
Para o professor do Departamento de Administração da Universidade de Brasília (UnB), Jorge Fernando Pinho, a maior escolaridade do trabalhador brasiliense pode ser explicada pelo elevado número de pessoas que seguem carreira no serviço público. "Geralmente, os concursos públicos exigem, no mínimo, o segundo grau completo", lembra. Para o professor, a alta renda per capita do DF também contribuiu para que os brasilienses tenham mais tempo de estudo.
Outro dado que chama a atenção é a disparidade salarial entre negros e brancos no DF, a maior em todo país empatada com Rio de Janeito e Piauí. Segundo a OIT, a população ocupada negra brasiliense recebe, em média, 57% do salário médio dos brancos. O Amapá é o estado com a menor diferença salarial, com a renda médias dos negros equivalente a 75,3% do salário dos brancos.
O relatório revela ainda que o DF tem o segundo maior número de trabalhadores na formalidade: 69%, quase o mesmo número do estado de São Paulo, que tem 69,1%. Entre os trabalhadores domésticos, 37% têm carteira assinada no DF, o terceiro maior percentual do país, atrás apenas de São Paulo, com 38,9%, e Santa Catarina, com 37,6%.
FONTE:JORNAL O DESTAK

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